A Fecomércio-RS lança nesta quarta-feira a nova rodada da sua Sondagem de Segmentos, edição Atacadista. Esta é a primeira pesquisa com o segmento deste ano e, assim como na edição anterior, o destaque ficou com o bloco de perguntas relativas aos impactos da crise do coronavírus sobre o setor. No total, foram realizadas 385 entrevistas em todo o Estado, durante os dias 24 de fevereiro e 25 de março de 2021.
Entre os entrevistados, 23,2% dos negócios tinham mais de dez anos de existência. Os dados da pesquisa apontaram que entre os estabelecimentos entrevistados, apenas 6,0% reportaram aumento nas receitas na comparação com a média auferida antes da crise. No entanto, chama atenção que 57,9% afirmaram não implementar medidas que visassem diminuir ou evitar quedas de suas vendas nesse período. Entre os que implementaram alterações, destaque para promoções (26,5%) e aumento da divulgação (26,5%).
Para o enfrentamento desse período de queda de receitas, 47,3% afirmaram estar utilizando capital próprio para pagar contas da empresa, 19,7% tomaram empréstimos e 4,9% disseram que tentaram, mas não conseguiram acessar crédito. Sobre a dificuldade de reposição dos estoques, 44,9% apontaram dificuldades pontuais com alguns fornecedores e centradas em alguns produtos, enquanto 25,5% disseram que as dificuldades são generalizadas. Sobre a variação de preços no período, 90,9% reportaram que houve aumentos, sendo que em mais de 70% dos casos em que houve aumentos, os repasses para o varejo foram apenas parciais ou até não aconteceram.
“Estamos vivendo uma crise que afeta a todos, ainda que em magnitudes diferentes. A escassez de certos produtos e o aumento dos preços são resultado, entre outros efeitos, da desorganização da produção verificada em 2020. Precisamos intensificar a vacinação para que a economia consiga se reequilibrar”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.