Agro Rural

Frente Parlamentar defende Crédito Emergencial para Agricultura Familiar do RS

Os agricultores atravessam uma crise não só devido a pandemia, mas também em decorrência da seca que já atingiu 394 municípios que decretaram estado de emergência.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul começou a debater sobre um possível  Crédito Emergencial para a Agricultura Familiar. Ela foi instaurada pelo deputado Gabriel Souza (MDB) na tarde de terça-feira (15) durante solenidade híbrida no Salão Júlio de Castilhos.

A Frente Parlamentar em Defesa do Crédito Emergencial para a Agricultura Familiar, será presidida pelo Deputado Edegar Pretto (PT). O objetivo é sensibilizar o governo do Estado e o próprio Parlamento para a aprovação do Projeto de Lei 115/2021.

Pretto defende que o setor vem enfrentando, uma completa ausência de políticas públicas voltada ao fortalecimento da produção de alimentos, além da redução drástica dos orçamentos dos programas existentes atender os mais pobres, como o Funterra e o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).

Os agricultores atravessam uma crise não só devido a pandemia, mas também em decorrência da seca que já atingiu 394 municípios que decretaram estado de emergência.

O parlamentar alertou ainda para o risco de desabastecimento ocasionado pela diminuição da área plantada de alimentos no Rio Grande do Sul. Ele salientou que, enquanto a área cultivada com soja teve um aumento de 49% nos últimos anos, a de trigo e feijão decresceram cerca de 40%. Houve também recuo no número de famílias envolvidas com a produção de leite no estado.

O presidente da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária, Gervásio Plucinski, falou em nome das entidades representativas dos agricultores. “O Rio Grande do Sul vive uma situação contraditória. Reconhece que sua economia depende da agricultura, mas assiste passivo à redução da área plantada de alimentos e do número de pessoas envolvidas na produção”, apontou.

Ele ressaltou também que o crédito emergencial terá um efeito multiplicador, pois parte dos recursos deverá ser destinado à garantia e à equalização das taxas de juros.

A cerimônia de instalação da frente foi acompanhada por representantes de entidades da agricultura familiar e pelos deputados petistas Pepe Vargas, Zé Nunes, Luiz Fernando Mainardi, Valdeci Oliveira, Fernando Marroni, Jeferson Fernandes e Sofia Cavedon.