Agro Rural

ESTIAGEM: baixa na produção agrícola da Serra Gaúcha afetará o bolso do consumidor

Diversas culturas tiveram grandes prejuízos por conta do baixo acumulado de chuvas dos últimos meses.

ESTIAGEM: baixa na produção agrícola da Serra Gaúcha afetará o bolso do consumidor

O Rio Grande do Sul vem enfrentando, desde o ano passado, uma forte estiagem. O baixo índice de precipitações já é histórico e está causando grandes problemas, principalmente na produção agrícola gaúcha. Culturas como milho e soja terão perdas irrecuperáveis que ultrapassarão a casa dos R$ 5 bilhões, segundo estimativas da Emater.

Neste início de ano, a safra da uva teve quebra de 20 a 25%, parte desse montante por conta da estiagem. Contudo, outras culturas vêm enfrentado graves problemas. Na Serra Gaúcha, a colheita de grãos e de frutas cítricas, além da produção de alimentos de origem animal, serão drasticamente afetada, afirma o presidente do Sindicato da Agricultura Familiar de Garibaldi, Boa Vista do Sul e Coronel Pilar, Luciano Rebelatto.

De acordo com Rebelatto, criadores de aves e suínos relatam que haverá prejuízo em lotes por conta da falta de água. Os produtores da região estão realizando o transporte de água para dentro das granjas por intermédio de caminhões-pipa. Contudo, há muitas propriedades que não irão mais alojar animais e haverá prejuízos aos criadores.

A produção de frutas cítricas está em condição extremamente delicada. Rebelatto comenta que as plantas estão morrendo por conta da falta de água. Os produtores estão realizando medidas para que seja evitada a mortandade, uma vez que as mudas tem um período de crescimento de aproximadamente cinco anos até atingirem a produção plena. Com isso, caso houver uma grande mortandade de plantas, haverá uma diminuição considerável de oferta de frutas cítricas no mercado, o que inevitavelmente acarretará no aumento do preço dos produtos.

Ainda, a produção de leite, ovos e carne também será afetada. Rebelatto conclui afirmando que o consumidor final já está sentindo a alta dos preços e que o aumento será ainda maior ao longo do ano caso a seca no Estado se mantiver.

Confira a palavra do presidente do Sindicato da Agricultura Familiar de Garibaldi, Boa Vista do Sul e Coronel Pilar, Luciano Rebelatto, clicando abaixo:

Foto: Pixabay/Divulgação