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Empresa de energia solar registra crescimento de 60% em 12 meses

Aceleração de instalações em residência causadas pela mudança da lei e obras em agroindústrias foram os principais fatores para o resultado da Solar Serra. Companhia projeta ampliação de 40% até o final de 2023

Empresa de energia solar registra crescimento de 60% em 12 meses

A empresa gaúcha Solar Serra registrou um aumento de 60% no faturamento entre fevereiro de 2022 e o mesmo mês deste ano. No período, que ficou marcado por uma verdadeira corrida para a instalação de sistemas fotovoltaicos em função da proximidade do início da taxação, a Solar Serra entregou 650 obras, com 19.231 placas. Destas, a maioria foi em residências (33,87%), seguida por agroindústrias (27,40%), indústrias (23,66%) e comércio (15,07%).

Para 2023, mesmo com a desaceleração em janeiro, a Solar Serra já retomou as vendas em fevereiro e ampliou em 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, a expectativa é de que a empresa chegue a um incremento de até 40% em valor nas instalações.

Com matriz em Bento Gonçalves, centro de distribuição em Veranópolis e escritórios São Marcos e Protásio Alves, ambas na Serra Gaúcha, além de unidades em Concórdia (SC) e Curitiba (PR), a Solar Serra acelerou a expansão das instalações para os demais estados da região Sul em 2022. Somente no Paraná foram realizadas 11 obras de grande porte, que corresponderam a 10,7% do faturamento total do ano passado.

“Tivemos um ótimo resultado em residências, muito por conta da mudança da legislação. Mas também destaco a expansão em obras em empresas ligadas ao agronegócio, especialmente em Santa Catarina e no Paraná. A energia solar é uma grande aliada desses empreendimentos devido ao alto consumo de energia elétrica que demandam, e o custo de produção pode reduzir de 20% a 30% para estes empresários”, informa o engenheiro eletricista Mário Henrique Bordignon, proprietário da Solar Serra.

Aliada da Agroindústria

Bordignon acrescenta que o crescimento nas agroindústrias ainda está atrelado às exigências de mercados importadores e a preocupação ambiental, cada vez mais cobrada e valorizada pelos consumidores.

“Seja para constar na embalagem e agregar valor à marca, ou como forma de poder vender para países que exigem o uso de energia 100% limpa e renovável, a energia solar é uma grande aliada das agroindústrias”, resume.

Bordignon lembra que o projeto de lei 2703/2022, que prevê a prorrogação do prazo de início da taxação da energia solar, já foi aprovado na Câmara dos Deputados e que está tramitando no Senado. Ele acrescenta que a ANEEL endureceu mais as regras do PL 14300/2022, que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, mas que as empresas do setor estão mobilizadas para garantir os direitos dos consumidores.

Fonte: MC Com

Fot: Divulgação