A 13º edição da tradicional cavalgada José Claudio Machado, que ocorre anualmente em alusão ao dia do aniversário do músico tradicionalista, ocorre no próximo sábado (23), em Caxias do Sul. A concentração de cavalarianos acontece nos Pavilhões da Festa da Uva por volta das 12h. Posteriormente, às 15h, o grupo segue em direção até o Rancho do Anilto, situado na região de Conceição da Linha Feijó. A chegada está marcada para às 18h.
Na localidade, ocorrem shows e apresentações artísticas, com o cantor Charles Arce e uma noite de dança ao som de Espedito Abrahão e Os Campeiros e Marinês Siqueira. Neste ano, o principal homenageado será o cantor, instrumentista e compositor argentino Lucio Yanel, que dividiu os palcos com José Claudio Machado em diversas oportunidades ao longo de sua carreira.
Yanel reside em Caxias do Sul desde 2008 e hoje tem 78 anos. Devido à sua relevância artística, ele é considerado um dos fundadores da chamada “escola do violão gaúcho” – que tem diversos nomes de referência, como o cantor Yamandú Costa. Além disso, é especialista em uma série de gêneros musicais, como Violão Pampeano, Instrumental, Chacarera, Milonga, Chamamé, Choro Criollo, Chimarrira, Rasguido Doble, Zamba e Tango.
Yanel comenta que a amizade com José Cláudio Machado nasceu naturalmente desde que ele chegou ao Rio Grande do Sul, no início da década de 1980.
“Ficamos muitos amigos, conheci ele bastante jovem, sempre foi um homem pacífico e tranquilo, com um grande talento. É uma amizade que foi natural, desde quando cheguei ao estado, quando tinha 36 anos e era professor de música”, relata Yanel.
Yanel foi indicado ao prêmio Açorianos nove vezes e venceu em quatro ocasiões: duas na condição de instrumentista de música regional, em 2001 e 2011, uma na categoria de disco instrumental, em 2001, e outra no segmento de Disco de Música Regional, em 2004.
Como violonista, Yanel lançou os álbuns: La del Sentimiento(1983), Guitarra Pampeana (1986), Aunque Vengan Degollando (1997),Acuarela del Sur (2003), Acuarela del Sur II (2006), Misterios del Chamame (2009), Folclore Argentino (2011) e Dois Tempos (2001), esse último com seu discípulo Yamandú Costa.