REFORMA

Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul será reaberto após 16 anos

Local foi fechado para visitação em 2008; obras de requalificação da estrutura iniciaram em 2022

Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul será reaberto após 16 anos
Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul será reaberto após 16 anos (Foto: Rafaela Varela/Divulgação/Sedac)

O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), situado em Taquara, teve a reabertura confirmada para dezembro. O anúncio foi feito pela Secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, durante o XIII Encontro da Sociedade de Arqueologia Brasileira – Regional Sul, na segunda-feira (11).

“É uma imensa alegria estar aqui, em Taquara, no momento em que estamos resgatando a dignidade de mais uma das instituições da Sedac. Nós temos trabalhado muito para reabrir o Marsul, que está fechado para visitação pública desde 2008”, disse Bia. Ela também destacou a parceria com a prefeitura de Taquara e lembrou que a Sedac tem investido fortemente em projetos culturais na cidade. “Nós temos, no Rio Grande do Sul, municípios que têm um olhar atento para a cultura, que investem em cultura. Então queremos nos fazer presentes também e continuar apoiando”, pontuou a secretária.

A reabertura do Marsul acontece após a conclusão da reforma da estrutura da sede do museu. Para o desenvolvimento de diversas ações de qualificação do local, foi investido R$ 1,7 milhão com recursos do programa Avançar na Cultura.

Sobre o Marsul

O Marsul é uma das principais organizações de pesquisa e preservação do patrimônio arqueológico do Estado. Localizado em Taquara, o museu que abriga uma vasta coleção de artefatos que documentam a história e as culturas dos povos que habitaram a região, foi fechado para visitação em 2008 por problemas estruturais. As obras de requalificação da estrutura iniciaram em 2022 e incluíram o desenvolvimento de uma nova exposição de longa duração, contratação de serviços e aquisição de bens e materiais para a instituição.

Criado em 1966, o Marsul tem um dos acervos mais significativos do Brasil, composto majoritariamente por coleções oriundas de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás. São artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial.

O prédio foi construído em 1970, e tem valor arquitetônico por sua característica modernista brutalista, representativa de um período histórico em que ocorreu a profissionalização e a valorização da arqueologia no meio museológico nacional.