O Bugio, gênero musical nativo do Rio Grande do Sul, deve se tornar em breve Patrimônio Cultural Imaterial do estado. Isso porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), encaminhou parecer técnico que analisa o Inventário do Gênero Musical Bugio para a Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial. A análise do parecer pela Câmara Temática é o último passo para o reconhecimento. O documento está disponível para consulta aqui.
As prefeituras de São Francisco de Assis e São Francisco de Paula, em colaboração com músicos e apreciadores do Bugio, formalizaram um pedido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) para o reconhecimento do ritmo como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul. O Bugio, que se caracteriza pelo ritmo sincopado e pelo uso marcante do acordeon, é uma expressão musical tradicional do estado e ocupa um lugar importante na cultura gaúcha.
De acordo com o parecer técnico emitido pelo Iphae, a origem do Bugio é envolta em várias narrativas históricas, que variam conforme a região. No entanto, é amplamente reconhecido como um dos estilos musicais que representam a identidade cultural das comunidades gaúchas. O parecer sublinha que, independentemente da origem exata do ritmo, o Bugio consolidou-se como uma referência cultural significativa no estado.
A documentação apresentada pelos proponentes inclui inventários detalhados, além de leis municipais que já reconhecem o Bugio como patrimônio no âmbito local. O parecer técnico, favorável ao registro, enfatiza a importância de oficializar o reconhecimento do ritmo, não apenas como um símbolo cultural, mas também como um meio de garantir sua preservação e continuidade para as futuras gerações.
Caso seja incluído no Livro de Registro das Formas de Expressão do Rio Grande do Sul, o Bugio se juntará a outros bens culturais imateriais já reconhecidos pelo estado. Esse reconhecimento abrirá portas para a criação de políticas públicas voltadas à preservação do ritmo, incluindo festivais, oficinas e outras iniciativas educativas para promover sua transmissão entre as novas gerações.
A decisão final sobre o registro do Bugio será tomada pela Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial, responsável pela análise e validação das propostas encaminhadas ao Iphae. Nos próximos dias, o extrato do parecer será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), e os interessados poderão se manifestar sobre o reconhecimento no prazo de 30 dias.
Para mais informações sobre o processo de registro de bens imateriais, os interessados podem entrar em contato com o Iphae pelo e-mail [email protected].