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Congresso da Movergs faz raio-x do momento da indústria moveleira

Após crescimento intenso em 2021, o momento é de acomodação, mas ainda assim com números positivos em 2022

Congresso da Movergs faz raio-x do momento da indústria moveleira

O salão de eventos do Dall`Onder Grande hotel lotado, a Movergs voltou a realizar o seu Congresso anual após o recesso forçado da pandemia. Este é o 30º Congresso da entidade, uma jornada iniciada em 1989 e a primeira saudação do presidente da entidade Rogério Francio (Plásticos Pisani) foi a de ver a “casa cheia”.

Em breve análise Francio falou dos altos e baixos que a indústria moveleira gaúcha experimentou nos últimos três anos. “Um primeiro semestre de paralisação em 2020, graças à pandemia, depois a retomada forte no segundo semestre e recordes em 2021. Agora uma reacomodação e por conseguinte desaceleração na produção. Em números o quadro é o que segue: em 2021 as 2.409 indústrias gaúchas de móveis tiveram o faturamento recorde de 11,2 bilhões de reais e exportaram 293 milhões de dólares, crescimento de 63% sobre 2020. Em 2022 o crescimento do primeiro semestre foi de 5,4%, com desaceleração neste segundo semestre.

Ainda sobre o Congresso, o presidente da Movergs deixou claro que a intenção é informar e inspirar as ações do empresariado. E mencionou de passagem o assunto do momento: “nas eleições, independente de quem ganhar, queremos governo dando a merecida atenção aos etor industrial. Continuaremos produzindo e crescendo”. Por fim, Francio reiterou o convite para que o setor esteja presente entre 28 e 31 de agosto na Fundaparque quando mais uma vez de forma conjunta serão realizadas a Fimma Brasil e Movelsul.

A programação do Congresso prosseguiu com exposição de números do professor Marcos Lelis. Este confirmou os dados expostos por Francio, lembrando que se houve degrau muito forte para cima em 2021, e que agora há uma natural reacomodação, mas prevê a retomada lenta já no primeiro trimestre do próximo ano com o varejo retomando suas vendas. Movimentos semelhantes estão acontecendo no processo de exportações: crescimento muito acentuado em 2021 para uma posterior queda de 3% no acumulado deste ano.

Desinflação Global em 2023

Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, fez uma análise sobre perspectivas econômicas para 2023 e deu um recado de certamente otimismo: enfraquecimento de participação da Europa devido à guerra, mas com o Brasil se saindo bem. “Vivemos um momento de volta lenta à normalidade com relação aos suprimentos. “Não prevemos recessão global apesar da pressão da guerra na Ucrânia. Isso fará com que juros permaneçam elevados, trata-se do remédio para que no ano que vem os índices de inflação voltem a cair. A tendência é uma desinflação global em 2023. Mas o Brasil está bem posicionado, especialmente por suas comodities agrícolas”, prevê),

A programação do Congresso prossegue com palestras de Luis Justo ( CEO do Rock`n`Rio), Santiago Pons (MadeiraMadeira)e com o com o filósofo Luis Pondé ( Desafio da Mudança).