Agro Rural

Categoria dos fiscais agropecuários pode aderir à greve contra o pacote do governo do Estado 

Os servidores públicos do Estado não estão contentes com as medidas tomadas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Foto: Fernando Dias/Seapdr/Divulgação)
Foto: Fernando Dias/Seapdr/Divulgação)

Os fiscais agropecuários irão entrar em greve na terça-feira (23) sem prazo para término. O ato é em protesto contra o pacote apresentado pelo governo à Assembléia Legislativa que busca a revisão da estrutura do funcionalismo e o plano de carreira dos servidores que passará por alterações.

O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado (Sintergs) a qual a inclui a Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) convocaram uma assembleia marcada ainda na data a partir das 9h no Hotel Everest, no Centro de Bento Gonçalves. Além do encontro do 2º Ato unificado do funcionalismo estadual, federal e municipal ainda na terça-feira (26) ÀS 16h, em frente a praça da Matriz.

O Sintergs no site da organização apresentou uma nota sobre o ato.

Os servidores públicos do Estado têm consciência da relevância dos serviços prestados à população. Em função disso, manterão 30% das atividades consideradas essenciais em funcionamento, como determina a legislação. Outras atividades que não são consideradas essenciais serão totalmente interrompidas a partir de terça-feira.

As razões para a greve são bastante conhecidas da população gaúcha: o persistente atraso no pagamento dos salários do funcionalismo, que afeta os servidores e também seus familiares; a falta de reposição salarial nos últimos cinco anos, que causa perdas superiores a 30% nos vencimentos; e o pacote de reestruturação administrativa do Estado proposto pelo governo, que retira direitos adquiridos dos servidores públicos e precariza ainda mais a prestação de serviços à população, atingindo em cheio os mais pobres – funcionários ou não.

Diante da intransigência do governador de Eduardo Leite, salientamos à sociedade gaúcha que não nos restou alternativa a não ser a greve – um recurso extremo, mas compatível com o tratamento indigno que recebemos por parte do governo. Como cidadãos e contribuintes, exigimos o cumprimento das leis e da Constituição deste Estado.”

A Afrago busca discutir as solicitações do governo que serão debatidas na Assembleia. O objetivo é que seja retirada do regime de urgência as propostas assim como outros projetos requeridos pelo Estado para que seja encerrada a paralisação.