
Altos e baixos. Foi assim, marcado pela sazonalidade, o ano de vendas no comércio do estado no ano que vai chegando ao final. A Federação Varejista do Rio Grane do Sul apresentou na manhã de quarta-feira, 03, em Porto Alegre, seu mapa de desempenho setorial para o ano, que deve fechar com 7,2% de aumento para o comércio varejista na comparação com 2024, avaliando-se dados colhidos até setembro. Já o Varejo Ampliado apresentou queda de cerca de 2%. Estas oscilações se explicam especialmente pela enchente do ano passado que fez com que 2024 tivesse forte desempenho em setores como construção civil equipamentos de escritório, por exemplo.
Coube ao presidente da FCDL apresentar os números e projetar vendas de Natal. Uma pesquisa realizada pela entidade identificou que mais da metade dos gaúchos ainda não sabe o que irá comprar para presentear, entretanto 80,2% dos entrevistados irão presentear. E o setor que mais se beneficiará será o do vestuário, com 40,5% de intenção de compras, seguido por brinquedos, 27,7%. Eletrônicos não despertam tanto interesse no Natal porque foram alvo de grande procura no black november.
Por outro lado a pesquisa a pesquisa apontou o crescimento da renda média dos gaúchos abaixo da inflação (R$ 3.875,00), porém acima da média brasileira média nacional (R$ 3.507,00).
Quando os dados se referem à inadimplência nota-se que no primeiro quadrimestre deste ano o consumidor se manteve com as contas em dia, de maio em diante as taxas oscilaram, batendo em 11,76% em junho e ficando em 10,70 em outubro. Estes dados indicam, segundo Pioner, que o crédito está esgotado e que juros bancários são o principal fato de endividamento – 30,6% das dívidas são com bancos, 18,6% com o comércio e 18,30% com água e luz. As dívidas nesta forma mostram que o consumidor busca outras formas de crédito – daí a volta dos carnês do próprio lojista financiando quem já não teria mais possibilidade de contrair dívidas. Para Pioner, toda e qualquer forma de educação financeira ao consumidor é muito relevante.

Em sua exposição o representante do varejo gaúcho ressaltou preocupação com a drenagem de recursos advinda das bets:
Enquanto os supermercados brasileiros, vendendo itens essenciais, fatura um trilhão de reais por anos, as bets faturaram 200 bilhões. Como se trata de um vício, o mínimo de tributação a ser aplicado seria dos mesmos 80% que se cobra de bebidas alcoólicas que é de 80% (hoje é de 18%)
Perspectivas para 2026
Projetando o ano de 2026, a FCDL vê o período com desconfiança em coloca o cenário de eleições e do início da vigência da reforma tributária assim como os juros ainda em patamar muito alto, como obstáculos a um crescimento desejável.