
Um poderoso terremoto de magnitude 7,4 sacudiu a região da Passagem de Drake, no extremo sul da América do Sul, na manhã desta quinta-feira (2). O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou o terremoto às 9h58, no horário de Brasília. O órgão identificou o epicentro a apenas 10 quilômetros de profundidade — um sismo raso, com alto potencial destrutivo.
O tremor ocorreu na região da Passagem de Drake, no extremo sul da América do Sul. O epicentro ficou a cerca de 222 km ao sul de Ushuaia e a 334 km ao sul de Rio Grande, ambas cidades da província da Terra do Fogo, na Argentina. Embora essas sejam as localidades mais próximas do foco do tremor, moradores de diversas regiões sentiram o abalo.
Segundo estimativas preliminares, cerca de mil pessoas relataram ter sentido o tremor com intensidade moderada, enquanto aproximadamente 284 mil perceberam um leve movimento. Apesar da magnitude elevada, o USGS emitiu um alerta verde, o que sinaliza baixa probabilidade de vítimas ou prejuízos econômicos significativos.
Alerta de tsunami é emitido, mas Brasil está fora da zona de risco
Em seguida, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (NWS PTWC) divulgou um comunicado alertando sobre a possibilidade de ondas de tsunami perigosas em áreas costeiras num raio de até 300 quilômetros do epicentro. No entanto, essas áreas estão muito distantes da costa brasileira, o que descarta riscos imediatos para o país.
No Chile, a Defesa Civil (Senapred) orientou a evacuação das áreas litorâneas da região de Magallanes, no extremo sul do país. Por enquanto, não há alerta generalizado para o Oceano Atlântico Sul, mas as autoridades seguem em estado de atenção.
A região atingida tem pouca população e muitas áreas de difícil acesso, o que dificulta que as autoridades avaliem imediatamente os impactos. Embora a maioria das construções locais tenha resistência razoável a terremotos, ainda existem edificações vulneráveis, como aquelas feitas de adobe ou pedra, especialmente em pequenas comunidades.
Este sismo está entre os mais fortes já registrados na Passagem de Drake — uma zona geologicamente ativa situada entre o sul da América do Sul e a Antártida, onde as placas tectônicas de Scotia e Sul-Americana interagem com frequência.
Até o momento, as autoridades argentinas não registraram feridos ou danos materiais. No entanto, seguem monitorando a situação e recomendam cautela à população da Terra do Fogo.