Justiça

Explosões de walkie-talkies no Líbano deixam 14 mortos e 450 feridos

Ataques aconteceram um dia após milhares ficarem feridos com detonações de pagers em várias partes do país

Explosões de walkie-talkies no Líbano deixam 14 mortos e 450 feridos

Na quarta-feira (18), novas explosões atingiram o Líbano, matando 14 pessoas e ferindo 450, de acordo com o Ministério da Saúde local. Os dispositivos detonados eram walkie-talkies, apenas um dia após detonações de pagers deixarem milhares de feridos no país.

As explosões ocorreram nos subúrbios ao sul de Beirute e em regiões do sul do Líbano, com relatos de até 20 explosões em cada localidade. Dessa forma, os walkie-talkies foram distribuídos principalmente para organizadores de eventos, como funerais e marchas, aumentando o impacto.

Tensão após ataque israelense

O episódio ocorre em meio à escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah, após um ataque israelense na terça-feira (17) ter matado 12 pessoas e ferido cerca de 3.000. Assim, o Hezbollah, que sofreu as primeiras explosões com pagers, prometeu retaliar.

A imprensa internacional levantou suspeitas de que o Mossad, serviço de inteligência de Israel, teria implantado explosivos nos dispositivos adquiridos pelo Hezbollah. O jornal The New York Times relatou que os explosivos foram integrados aos pagers com um algoritmo que permitiu a detonação remota.

Reações internacionais

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o uso de dispositivos civis como armas e solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança. No entanto, o governo libanês também responsabilizou Israel pelos ataques, enquanto o Ministério da Defesa de Israel sinalizou que concentrará suas tropas no norte do país, na fronteira com o Líbano.