
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos oficializaram um acordo estratégico para combater organizações criminosas transnacionais. A cooperação, selada após diálogos diretos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, foca em dois pilares principais: o estancamento do tráfico de armas e o asfixiamento financeiro de grupos como o PCC.
O acordo permite que autoridades dos dois países atuem em conjunto para identificar o caminho de peças de fuzis e outros armamentos que saem dos EUA em contêineres com destino a facções brasileiras.
No campo financeiro, o alvo é ainda mais robusto:
- 57 Fundos de Investimento: 40 sediados no Brasil e 17 nos Estados Unidos estão sob suspeita.
- Foco Inicial: As investigações começarão em território norte-americano, mirando os 17 fundos estrangeiros (sob sigilo) para detectar lavagem de dinheiro e financiamento ilícito.
A formalização do pacto ocorre em meio à interdição da Refinaria de Manguinhos (Refit), no Rio de Janeiro. O proprietário, o empresário Ricardo Magro, reside em Miami e é apontado pelo governo como um dos maiores devedores de impostos do país (cerca de R$ 26 bilhões).
As autoridades investigam uma rede complexa que ligaria a refinaria à distribuidora Copape e, consequentemente, ao PCC. O esquema envolveria:
- Fraude Fiscal: Importação de gasolina pronta declarada como insumo (nafta) para pagar menos impostos.
- Preço Artificial: Redução do valor nas bombas por meio da sonegação, prejudicando a concorrência.
- Lavagem de Dinheiro: Uso da estrutura de combustíveis como braço operacional para o crime organizado.
Diplomacia e Defesa
Os detalhes operacionais da cooperação foram ajustados entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o embaixador interino dos EUA, Gabriel Escobar.
Ricardo Magro contesta as classificações de “devedor contumaz” e nega qualquer envolvimento com facções criminosas. O empresário sustenta que as autuações fiscais são indevidas e que as investigações possuem falhas técnicas com o objetivo de incriminá-lo injustamente.