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Vereadores extinguem a segunda sessão semanal na Câmara de Bento

Vereadores extinguem a segunda sessão semanal na Câmara de Bento

durou pouco a iniciativa aprovada em setembro de 2016 instituindo a segunda sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves. Por 12 votos favoráveis e quatro contrários, prevaleceu a proposta do vereador Anderson Zanella (PSD) de extinguir a segunda sessão ordinária semanal em votação realizada na sessão ordinária da segunda-feira, dia 20.

 

Mesmo diante de uma plateia amplamente favorável à manutenção da segunda sessão ordinária, a maioria dos vereadores optou por reduzir o espaço parlamentar. Foi uma sessão tensa e com grande público presente. Todos os assentos foram ocupados, e o presidente Moisés Scussel Neto (PSDB) precisou solicitar repetidas vezes que as pessoas não se manifestassem com aplausos. As palmas vieram sempre que se manifestaram vereadores favoráveis às duas sessões.

 

Os parlamentares se revezaram normalmente na tribuna declinando sua posição em favor ou contra as duas sessões, mas alguns discursos subiram o tom. Houve agressões e revides. O vereador do PMDB Idasir dos Santos, que na semana passada havia desafiado seus pares a devolverem metade do salário em caso de aprovação da redução do número de sessões, foi muito criticado e chamado de demagogo. Mas ele revidou. De dedo em riste, repreendeu Rafael Pasqualotto, que anteriormente havia se manifestado e chamado a oposição de hipócrita. Santos também acusou Zanella de não ser o autor do projeto em votação.

 

"O senhor apresentou este projeto como forma de agradecimento por estar ocupando a cadeira. Eu, se fosse o senhor, esperaria mais quatro anos para tentar voltar”. Santos define como "balela" o argumento de economia para acabar com a segunda sessão. “Querem é nos calar”, sentenciou.

 

Também a emenda do vereador do DEM Gustavo Sperotto foi rejeitada. Ele propunha que a segunda sessão fosse mantida e tivesse o horário alterado para as 14 horas, de modo a garantir menos gastos. Ele inclusive ridicularizou os dados de gastos apontados. Foi o único vereador que pertence à base governista a votar contra a proposta de terminar com a segunda sessão.

 

Além de Sperotto e Santos, os vereadores Camerini (PDT) e Agostinho Petrolli (PMDB) foram os votos vencidos pela maioria.

 

A sessão de ontem teve ainda a aprovação de dois projetos de autorização para que o Executivo abra créditos de sete mil reais para pagamento de obrigações tributárias da Secretaria de Saúde e de R$ 25.515,15 para a implantação de três academias de saúde, respectivamente nos bairros, Conceição, Barracão e Fenavinho.