Após ser aprovado o projeto que libera o repasse de R$150 mil para a Cooperativa dos Recicladores de Bento Gonçalves, na sessão do dia 2 de maio, da Câmara de Vereadores, o valor é dividido entre os dez associados mediante recibos de gastos fixos. Mas segundo Valdir Zandonai, presidente da cooperativa esse valor não é suficiente para cobrir as despesas de cada local. Um pedido de verba no legislativo ocorre a cada semestre, e dividindo esse valor em todas as sedes não cobre esses gastos durante todos os meses. "Só de aluguel é gasto em torno de três mil reais, a prefeitura ajuda com um pouco desses gastos das sedes também", conta.
Atualmente são divididas as sedes de reciclagem entre os bairros São Roque, Barracão, Glória e Progresso. E para que eles possam realizar o trabalho a prefeitura recolhe o lixo em toda a cidade e depositam um pouco para cada uma das sedes. "Os associados limpam, prensam e vendem o material, mas o que eles conseguem produzir é pouco para se manter, eles dividem o dinheiro das vendas entre si", explica Zandonai.
Os recicladores do município se mantém com média de R$600 por mês, um valor considerado muito baixo para custos básicos de um cidadão, afirma o presidente. A cooperativa realiza o trabalho de contribuir com a preservação do meio ambiente, a inclusão social e geração de renda.
Entre todas as reciclagens totalizam em torno de 550 toneladas de lixo. Os valores dos materiais variam, vidros custam 0,05, papelão 0,35, ferro 0,10 e plástico de 0,20 a 0,30, um valor muito baixo afirma Zandonai. E no inverno o quantitativo diminui bastante, ou seja, os recicladores quase não tem material.