Memória LEOUVE

Velocidade x precisão

Velocidade x precisão

Pois os velhos e pequenos aparelhos celulares Nokia 3.300 estão voltando. Foram sucesso numa recente feira de tecnologia do setor de comunicações, mais do que estes ultra modernos aparelhos cheios de aplicativos e funções múltiplas.

 

As vantagens do Nokia: são pequenos, tem bateria quase inesgotável e possua duas funções básicas: serve pra ligar e receber chamadas de voz e permite envio de mensagens de texto. Só. Nada de redes sociais, música, radio, câmara fotográfica, Gps ou o que for. E custarão R$ 160,00.

 

Parece loucura, mas tem gente que prefere simplesmente não aderir às redes sociais, tem gente com dificuldade pra operar os aparelhos com tela deslizante. Quer apenas poder ligar pra filhos ou netos ou pais idosos.

 

Pois, fico feliz em ver que o passado ás veze ressurge – mesmo com roupagem nova, tem muita cor nestes aparelhinhos novos. Significa que há espaço e interesse nestas pessoas que não lutam pra ter o último modelo todo ano e paguem uma fortuna por isso.

 

Claro que o lançamento é um parêntesis. A tecnologia vai continuar avançando para lugares que poucos conseguem imaginar e teremos que acompanhar. Whatsapp, instagram, twitter, face e snapchat e outras redes surgirão. Difícil saber com quantas desta redes precisaremos estar conectados.

 

Há um dado recente que aponta para esta tendência irreversível. O Instituto Verificador de Circulação – IVC – acaba de apontar que os principais jornais do Rio Grande do Sul perderam, em média, 20% de sua tiragem entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016. Efeito da falta de dinheiro das pessoas.  Mas também teve quem migrou para a assinatura digital. Acompanham Zero Hora (média de 140 mil exemplares/dia, Correio do Povo 97 mil e Pioneiro, 17 mil) através de seus portais. O próprio Leouve, aqui do grupo RSCom é visualizado diariamente por pelo menos 30 mil pessoas.

 

Enquanto há 30 anos as pessoas se conformavam em ter jornais com fotos preto e branco e as notícias da hora via rádio, hoje é preciso que elas estejam em imagem, de preferência ao vivo. O New York times retirou as câmaras fotográficas de seus repórteres. Os editores não querem que se perca o tempo de deslocamento do local do evento até a redação. Instantaneidade e velocidade estão vencendo a guerra sobre o apuro e a precisão da informação.

 

Temos pressa e vale mais saber antes do que saber certo. E aí reside um perigo imenso, pois a primeira versão tem uma força muito grande. Ela precisa estar correta pois se espalha como fogo em mata seca.

 

 

O fato é que vivemos muitas revoluções por minuto e não dá pra evitar. Precisamos ir nos adequando e aprendendo. Sobretudo é importante ter o cuidado de evitar armadilhas.