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Trio acusado de morte de jovem após estupro e cárcere privado vai a julgamento

Trio acusado de morte de jovem após estupro e cárcere privado vai a julgamento


Um crime bárbaro, que chocou os gaúchos em 2009, terá mais um desdobramento nesta quinta-feira, dia 24. A partir das 9h30min ocorre o julgamento dos irmãos José Edil da Silva Bilhalva e Cléber da Silva Bilhalva e de Marilene Martins Freitas, acusados do assassinato da recepcionista Franciele Ferreira Crapanzani, morta aos 24 anos. A sessão será realizada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. O Promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim atuará em plenário na acusação.

O trio foi denunciado por homicídio triplamente qualificado. Eles praticaram o crime mediante meio cruel, uma vez que foram desferidos golpes com instrumento perfuro–inciso cortante e contundente, com o intuito de prolongar o sofrimento da jovem, que foi mantida em cativeiro, humilhada, torturada psicologicamente, para finalmente ser executada. De acordo com o que foi apurado no inquérito policial que o homicídio foi cometido para assegurar a impunidade do crime de estupro (ocorrido duas vezes).

O trio também é acusado por cárcere privado e ocultação de cadáver.

O CRIME

Eram 6h45min do dia 8 de agosto de 2009, um sábado, quando o trio, a mando do já falecido Leandro Noal da Rosa (conhecido como Carioca) e com auxílio de um adolescente, raptaram Franciele enquanto ela ia para uma autoescola, onde estava fazendo aulas. Carioca e o adolescente obrigaram-na, com uso de arma, a acompanhá-los até um cativeiro. No local, José Edil Bilhalva (o Deco) e o irmão Cléber Bilhalva (o Baby), além do adolescente e de Carioca, despiram a jovem, amarraram-na, ameaçaram-na com facas e armas de fogo, para que mantivesse relações sexuais com eles por duas vezes durante aquele final de semana.

 

 

Marilene Martins Freitas (esposa de Carioca) instigou os comparsas para que matassem Franciele. A jovem foi morta com um tiro na cabeça. O corpo foi localizado em um matagal na Rua Giobatta Giuseppe Petracco, bairro Nonoai, em Porto Alegre na segunda-feira seguinte ao seu desaparecimento, 10 de agosto.

Durante as investigações, o MP apurou que a jovem foi levada para a casa de Carioca e deixada amarrada com o consentimento de Marilene, que presenciou os estupros cometidos pelos quatro homens. Também que os quatro teriam raptado a jovem porque ela, que era casada, “estava se fazendo de difícil”.

 

(Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do RS)