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Tite é apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção Brasileira

Tite é apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção Brasileira

Agora é oficial! Exatamente no dia do aniversário da cidade onde nasceu, o caxiense, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, é oficializado como novo técnico da Seleção Brasileira. O gaúcho de 55 anos concedeu sua primeira entrevista coletiva com o novo cargo. Sentado ao lado do filho, Mateus Bacchi, que é seu auxiliar, Edu Gaspar, novo gerente de futebol, e do seu outro auxiliar, Cléber Xavier ele revelou o que sentiu nos últimos dias: "Foi um turbilhão, sou um ser humano, tenho os mesmos sentimentos que vocês têm e por condição da vida, de me preparar dia a dia. Não imaginei ser técnico da Seleção, não planejei, faço meu melhor a cada dia. Estabeleço metas a curto e médio prazo, aprendi que futebol é assim. Daqui a um, dois ou três anos vai ser outro profissional. Não sou melhor que ninguém", disse Tite. Perguntado de quando a Seleção do Brasil terá a sua cara, ele foi enfático afirmando que o time não tem que ter a cara dele e sim, a cara do Brasil. A cara da qualidade individual dos atletas. Citou que quer ver competitividade em um sistema que potencialize, não a sua cara, mas do grupo e com a característica dos atletas. O profissional disse também que quer ver uma equipe com muita transição e rapidez. Para Tite, a missão dele é ajustar e potencializar o que já temos. Outro ponto importante citado é o fato de que ele se "convidará" para ir até os clubes e saber como cada atleta prefere atuar e onde pode render mais: "Quero acompanhar trabalho dos técnicos e vou me convidar para assistir, sem intervir, aos treinos dos clubes. Acompanhar treino, conversar com técnico e acompanhar jogo para mensurar. Técnico vai me passar o que o atleta tem e pode executar. Treinos eu não vou conseguir fazer, esse é meu grande desafio. Outro é montagem da equipe, um jogador que possa executar função e se sentir bem." Outro ponto que emocionou ao técnico durante a apresentação foi quando questionado quanto à sua mãe, Dona Ivone, (Tite recebeu de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, uma camisa com a nome da mãe) que acompanha o seu trabalho e que sonhava ver o filho no comando da seleção: "Imagina a realização de uma mãe em ver o filho na seleção brasileira. Peço para as pessoas terem cuidado com ela, carinho, se falar com ela vai tirar coisas que emoção vai aflorar. Eu disse a ela hoje de manhã quando acabou a reunião do Gilmar (Veloz, empresário). Eu disse: ‘Mãe, teu filho é técnico da Seleção’. Ela começou a chorar e me deu bênção", contou emocionado. Sobre ter aceitado o convite de Del Nero, mesmo que tenha pedido à renúncia do mesmo no ano passado em movimento coletivo dos profissionais do futebol, Tite foi claro: "A minha atividade e convite feito foi para ser técnico da seleção brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é melhor maneira para contribuir com ideia da minha vida: transparência, democratização, excelência, modernidade, é a forma que penso e trago para o futebol. Meu legado pode falar sobre a forma com que conduzi", declarou. O novo técnico da seleção citou ainda Ênio Andrade e Telê, como referências e afirmou que Neymar é peça fundamental, mas sem protagonismo. "Ele é importante pra nós, e nós, pra ele. Ambos precisamos um do outros. O trabalho já começa amanhã quando viaja para os Estados Unidos para assistir o jogo entre o país sede e a Colômbia pela Copa América, já que os colombianos serão os adversários brasileiros, em setembro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. No final da entrevista, a impressão que a seleção está em boas mãos e pronta pra retomar o seu caminho. Como quase unanimidade entre os brasileiros, Tite poderá ser o grande responsável pela volta da sintonia entre o torcedor brasileiro e a camisa amarela.