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Taxa de varrição extinta em primeira votação em Bento

Taxa de varrição extinta em primeira votação em Bento

Foi tensa a sessão ordinária desta segunda-feira, dia 10, na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves. Enquanto o vereador do PMDB Idasir dos Santos reclamou de uma tentativa de intimidação por parte de vereadores da bancada governista, qualificando alguns atos como “meninice”. O vereador Moacir Camerini (PDT) mais uma vez demonstrou sua grande capacidade para criar fatos.

 

De importante mesmo, os vereadores aprovaram em primeira votação o projeto substitutivo do vereador Volnei Cristóffolli (PP) para outros dois projetos de lei que tinham o mesmo objeto e para os quais Cristófolli havia pedido vistas há 15 dias. A medida vai eliminar do carnê do IPTU a taxa de varrição e capina, Esta taxa vem sendo contestada judicialmente e o executivo tem sido obrigado a restituir os valores cobrados aos contribuintes.

 

De forma unânime, os vereadores também aprovaram a abertura de um crédito no valor de R$ 218 mil (verba do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação com contrapartida da Prefeitura) para a aquisição de equipamentos e materiais permanentes para as escolas municipais de educação infantil Bertolini e Santa Fé.

 

No uso da tribuna o vereador Idasir denunciou estar sendo processado na comissão de ética. Ele acusou o vereador Anderson Zanella, de estar pagando o fato de ter assumido o cargo – já que era o primeiro suplente – com a apresentação do projeto de supressão da segunda sessão ordinária semanal da Câmara. O vereador Ida (como a ele se referem seus pares) lembrou ainda que em determinada sessão dois de seus pedidos de providência ao Executivo foram votados em separado e rejeitados pela maioria governista, “um ato que não passa de uma meninice”. Depois foi mais duro: “isto e despreparo, mostra como não estão aptos a conviver em situações de adversidade. Não vão conseguir me intimidar. Seguirei com meu trabalho”.

 

Já o vereador Camerini mostrou sua irresignação em relação à Ordem de Serviço baixada na última semana, que tenta por ordem na apresentação de indicações, proposições e pedidos de informação. A partir dela os vereadores só terão direito a três proposições na forma de requerimento, pedido de informação ou pedido de providência por sessão. Continua ilimitado o número de indicações solicitando ações de interesse público aos poderes, conforme defendeu o presidente do Legislativo Moisés Scussel.

 

Camerini lembrou ser ele sozinho responsável pela apresentação de 30% das proposições/indicações e considera a medida uma forma de coerção ao trabalho. Ele recorrerá ao Judiciário no intuito de manter a leitura de suas indicações em plenário e alega que ordem de serviço não pode ser aplicada a vereadores, apenas a funcionários.

 

Para mostrar sua “produção”, o vereador emendou com fita adesiva todas as folhas das indicações feitas para a sessão e as desenrolou enquanto  estava na tribuna. Rendeu boa foto, resta saber se surtirá efeito na avaliação do Judiciário.