Memória LEOUVE

Speranza:' As vagas de creche no nosso governo vão ser uma prioridade número 1'

Speranza:' As vagas de creche no nosso governo vão ser uma prioridade número 1'

Evandro Speranza é empresário do setor automotivo, tem 41 anos e concorre pela primeira vez à prefeitura de Bento Gonçalves, pela coligação Bento para Todos, composta pelo seu partido, o PDT, e pelo PROS. Em 2012, nas eleições municipais, ele havia concorrido como candidato a vice-prefeito na chapa liderada pelo também empresário Juarez Piva.

 

Pergunta – Candidato nós vamos começar trabalhando sobre um tema  que eu imagino seja um tema do seu agrado porque é vinculado à história do seu partido o PDT, a educação. Um dos maiores gargalos que Bento Gonçalves enfrenta nessa área, hoje em dia, é a carência de vagas na educação infantil, acima das 500 vagas, entre 500 e 700 vagas, oficialmente com números da Secretaria de Educação, a gente tem conhecimento de que mais gente fica sem vagas na escola e nem procura a secretaria para a compra de vagas.  Por ano, a prefeitura investe cerca de 30% de seu orçamento municipal  em educação e compra vagas na rede particular, mesmo assim, a demanda não é atendida. Hoje, duas novas escolas estão em construção, que somadas não vão suprir a demanda, elas devem oferecer 240 vagas a mais. Uma demanda que cresce a cada ano porque Bento Gonçalves é uma cidade que historicamente atrai  mão de obras e atrai famílias  e seus filhos. O que o senhor pretende fazer para combater essa carência?

Evandro Speranza – As vagas de creche no nosso governo vão ser uma prioridade número 1. Até pela educação, pelo nosso partido, pelo nosso PDT, fundado por Leonel Brizola, ser nossa bandeira número 1 a educação. A questão de vagas de creche em Bento Gonçalves é uma vergonha a falta de vagas em Bento Gonçalves. Nós temos números que são  mais de 1,3 mil vagas  o déficit. Mas antes ouvimos a entrevista com o candidato do governo que não deixa de ser candidato do governo, candidato César Gabardo, que fez parte do governo Pasin e foi presidente do PMDB e este três anos e meio no governo. Então para mim é candidatura do governo também ,nos disse que são 1,5 mil vagas o déficit. Então eu tenho que acreditar em que esteve no governo . Nós temos que atacar isso com muita firmeza . Nós vamos comprar vagas . Nós vamos construir creches, . Nós vamos sim dar o atendimento as nossas mães. Não é uma promessa de campanha, é um compromisso que vamos assumir com a comunidade de Bento Gonçalves . Durante os quatro anos, nós vamos zerar o número de vagas de creches. Tem como fazer isso, sim tem como fazer isso , lhe dou o exemplo de Carlos Barbosa , administrado pelo nosso prefeito Fernando Xavier, do nosso PDT, lá não tem uma ordem judicial para colocar uma criança na creche. Isso pode ser feito e nós temos uma proposta , do nosso governo, é a creche aos sábados, para os comerciários, para quem trabalha aos sábados e não tem onde deixar seu filho. A mãe não tem onde deixar seu filho no sábado. Enquanto as escolas particulares estão fechadas, prefeitura vai lá, compra as vagas, nós temos que construir, mas a partir de primeiro de janeiro temos que comprar vagas para que nenhuma criança esteja fora da creche. Isso é um compromisso, impacta no orçamento familiar 

 

P – Hoje, esse programa de compra de vagas , compra 400, 500 vagas, fora disso, quem quiser, o senhor lembrou bem precisa demandar judicialmente essa aquisição da vaga  . O senhor disse que em quatro anos deve zerar o déficit nessa questão, mas que no sue primeiro ano nenhuma criança ficará sem seu direito de usufruir da educação infantil. Como fazer isso? De que maneira o senhor vai pagar essa rede particular? Como o senhor vai negociar isso? O senhor pretende ampliar a compra de vagas para 1,7 mil vagas? 

ES – Nós vamos comprar o suficiente para atender a população e vamos deixar bem claro aqui, nós podemos fazer isso A nossa aliança é realmente com o povo de Bento Gonçalves. Eu não tenho nove partidos, eu não tenho uma aliança de interesses, como dizia o Brizola. Desde a construção da nossa candidatura, o compromisso é com os moradores de Bento Gonçalves. Nós vão fazer isso sim, fazendo economia em todas as áreas, com uma administração segura, com muita firmeza, economizando onde se possa economizar para nós termos vagas de creche, para podermos comprar vagas porque imediatamente não podemos dizer que vamos construir uma creche a partir de 1º de janeiro. Nós vamos começar a reformar, a  ampliar as creches, começar a construção sim , mas vamos começar comprando vagas nas escolas particulares . Durante os quatro anos vamos zerar sim o déficit de vagas de creche em Bento Gonçalves. 

 

P – O senhor vai trabalhar com um orçamento que não será feito pelo senhor, o senhor pretende suplementar verbas e ampliar esse percentual  do orçamento municipal para a educação, para poder adquirir mais vagas do que essa, porque será necessário pelo menos dobrar o número atual?

ES – Um governo se faz com prioridades. E a nossa a educação é uma prioridade. Não vamos medir esforços para atender nossas crianças . Esse é um compromisso. Eu vou deixar de fazer um quilômetro de asfalto, se for necessário, mas não vou deixar nenhuma criança fora da creche. Isso é um compromisso que estamos assumindo aqui.

 

P – Quanto à implantação de escolas de tempo integral, também uma das principais bandeiras na educação do PDT. Qual seu entendimento em relação a isso ? Hoje, nós temos uma escola de tempo integral funcionando a pleno em Bento Gonçalves. É possível  a gente ampliar essa questão e, em ampliando com a estrutura existente, a gente não vai deixar criar um novo déficit de vagas nas outras séries da educação? E outra questão ligada a isso, enquanto não se implanta uma escola de tempo integral é possível ampliar as atividades de contraturno escolar ?

ES – Nós temos que construir estruturas físicas , escolas de tempo integral, isso é necessário, temos que ampliar as escolas e darmos condições para os alunos, para os professores, para termos o turno integral., mas o contraturno hoje temos que viabilizar ele com parcerias, com parcerias com entidades, com salões comunitários próximos às escolas, com ginásios, enfim, temos que ter a boa vontade de uma gestão que seja prioridade a educação.Nós vamos fazer isso, com  muita responsabilidade, porque entendemos que a transformação da sociedade passa pela educação. 

 

P – É possível a gente entender que essas atividades de contraturno sejam direcionadas principalmente para as escolas que estão localizadas  em regiões de vulnerabilidade da cidade, que muitas vezes não são atendidas por ações estruturantes para minimizar a violência que é um dos principais fatores que assolam essas comunidades  e essas crianças em risco . O que o senhor pretende fazer com relação a  isso?

ES – Exemplo, o Ceacri do bairro Municipal, está parado há cinco anos, uma obra parada lá, não pode acontecer isso, desperdício dinheiro público, tem que finalizar a obra. Isso é prioridade no nosso governo. Aí não se pode lá darmos um contraturno, com outras atividades, com parcerias, enfim, temos que ter é boa vontade para fazer e eleger prioridades e a educação é prioridade. O contraturno escolar é uma necessidade . As nossas crianças precisam estar na sala de aula , em contraturno, em atividades físicas, dança , jogos, esporte . Isso se faz de diversas maneiras., em parceiras principalmente. Não somos donos da verdade, vir aqui e tirar  a fórmula mágica, mas temos que construir  e Bento Gonçalves, nossos empresários são parceiros,  de ajudar em todos os sentidos  e isso que queremos fazer, uma administração aberta  com a comunidade, construindo junto para que o interesse maior seja  a nossa população.

 

P – Eu falei nessa questão, porque o entorno das escolas, principalmente nas regiões de maior vulnerabilidade  social tem uma  fraca segurança nesse entorno  das escola. Hoje em dia,  a gente recebe notícias todos os dias de assaltos, de violência nos entornos das escolas, muitas vezes, dentro das escolas, muitas vezes até contra os professores , ou entre os alunos, os alunos entrando armados nas escolas. O que fazer para evitar que isso aconteça, o que fazer para dar segurança aos pais que vão levar aos filhos, os adolescentes, crianças que vão às escolas, nos entornos das escolas. Nesse sentido, o senhor imagina ampliar o policiamento comunitário ou criar uma guarda municipal  que possa atuar nesse sentido?

ES – Nós não podemos renovar promessas . Bento Gonçalves tem mais do que 40 escolas  de ensino fundamental, especial, de turno integral, de educação infantil. Se prometermos que vamos colocar um guarda por escola , não temos condições. Temos que serr realistas. O que podemos fazer é incentivar os policiais que estão aqui. Temos que fazer uma gestão séria, incentivar os policiais que estão hoje aqui , dando condições para eles trabalharem. Temos que fazer o repasse em dia do auxílio-moradia, por uma lei específica como faz Carlos Barbosa para repassar em dia os salários . Veja a dificuldade hoje dos policiais . Eles recebem o salário do governo do Estado parcelado  e o auxílio-moradia está muitas vezes atrasado. Nós temos a patrulha escolar  que é um bom projeto. Temos que incentivar isso. Darmos condições para a patrulha escolar poder cuidar de todas as escolas. A professora vendo um risco chama a patrulha escolar. Isso pode resolver o problema . Então são diversas ações me conjunto  que temos que fazer para realmente dar segurança  para nossas crianças. Eu tenho minha esposa que está grávida de seis meses, estou esperando meu primeiro filho Enzo , me preocupa muito a questão da segurança , a questão da educação, da saúde. Na questão da segurança eu quero deixar uma cidade que seja um exemplo para  meu filho. Isso podemos fazer com fatores simples, darmos condições para os policiais trabalharem, nós no nosso governo vamos criar a secretaria  da segurança  pública , que integre todos os órgãos da segurança , Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, , enfim os órgãos de segurança integrados que possamos juntos sentarmos me uma mesa e acharmos as soluções  e o pode r público ser o gestor deste recursos, o poder público fazer realmente a gestão séria, transparente, junto com a comunidade. 

 

P – Qual a vantagem da criação de uma estrutura como uma secretaria. O senhor não vai apenas burocratizar esse debate que pode ser mais direto devido à necessidade ?

ES – Não, nós temos que pensar que uma secretaria de segurança enxuta comprometida com a comunidade , ouvindo os setores realmente que precisam estar juntos conosco, que são a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil, o Consepro, enfim, eu acho que não burocratiza não. Nós vamos sim darmos mais condições para que realmente as pessoas sejam atendidas , nós centralizarmos um orçamento , nós podemos fazer campanhas também, vai nos auxiliar muito. Criação da secretaria de segurança é uma forma de nós integrarmos os órgãos para darmos mais efetividade  realmente para nossa segurança no município. 

 

P – O senhor falou em pagar em dia o auxílio-moradia . Hoje a gente vê que o policiamento comunitário praticamente inexiste na cidade. Na  verdade, foram  núcleos que hoje não trabalham como policiamento comunitário, muito por conta da defasagem do número de policiais da cidade. Eles precisam estar efetivamente no policiamento ostensivo. Como fazer para resgatar isso? Claro que a indicação de policiais não é uma prerrogativa do município, longe disso, mas tivemos no CIC o lançamento de uma campanha que visa arrecadar recursos para melhorar as forças de segurança e também para possibilitar que Bento seja atrativo para a formação de policiais e que esses policiais fiquem aqui em Bento Gonçalves. De que maneira o pode público pode se inserir positivamente nessa campanha , pro exemplo, para auxiliar o Consepro?Hoje, temos apenas os 21%  da Área Azul, o que se arrecada com estacionamento rotativo, sendo encaminhado para o auxílio-moradia desses policiais que hoje não estão no policiamento comunitário . Como ampliar essa participação do município?

ES – A questão dos policiais, sabemos também que é uma questão política. Nós precisamos que venham mais policiais para Bento Gonçalves. O custo de vida aqui no nosso município é maior que em muitos municípios Nós temos que dar condições para que eles venham para cá. Nós temos que ter força política para que venham mais policiais para Bento Gonçalves. Aí quero entrar em outro tema, a força política,nós precisamos de representatividade a  nível estadual e a nível federal e quem precisa dar o exemplo disso é o prefeito que assumir em primeiro de janeiro. Euq uero aqui me comprometer com os ouvintes, com a comunidade, com os moradores de Bento Gonçalves. Nós assumindo a prefeitura  a partir de 1º de janeiro, o nosso partido, o PDT, vamos reunir as classes empresariais, as entidades, a imprensa para dizer o seguinte: o PDT vai estar na prefeitura, o povo vai estar na prefeitura. Nós vamos abrir mão de uma candidatura nossa , como os outros partidos não fizeram, o prefeito precisa dar o exemplo, que estar no pode precisa dar o exemplo para termos representatividade, para a essas horas podermos ir a Porto Alegre  sentar com o governador, temos nosso deputado estadual que nos acompanha, temos deputado federal em Brasília que nos mande recursos, porque os recursos não estão todos no município. Temos recursos no governo do estado e no governo federal .Então temos que te muita força política e que venham mais policiais para Bento Gonçalves e nos darmos mais condições de trabalho para que eles possam cuidar das pessoas. 

 

P – Candidato o senhor não falou sobre o seu entendimento sobre a guarda municipal . Temos uma legislação criada há anos e efetivamente não foi criada a  guarda municipal. O senhor pretende criar a guarada municipal em um eventual governo  de Evandro Speranza?

ES – A guarda municipal , a criação da secretaria de segurança pública, vamos sentar com todos os atores ,  juntos, para avaliarmos. Temos que ter consciência do custo da guarda municipal . Claro que gostaríamos, mas temos que deixar bem claro  que a guarda municipal vai cuidar do patrimônio público, é uma guarda que vai nos dar muitos c ustos realmente para a nossa prefeitura municipal , mas a questão da segurança é uma questão para amanhã. Até implantarmos a guarda municipal, licitarmos  , fizermos concurso, isso demora muito tempo. Nós precisamos atacara a questão da segurança amanhã, quando assumirmos a prefeitura e isso se faz como? Fazendo o básico, incentivando os policiais que venham para Bento Gonçalves, dando atenção para eles  Muitas vezes, vemos aqui a Polícia Civil que não tem papel para fazer uma ocorrência . Isso não pode acontecer. Não podemos sonharmos porque vamos ter nessa campanha, e vemos muito, a renovação de promessas . Prometeram há quatro anos que iam implantar a guarda municipal  e agora é a renovação de promessas . Estão prometendo de novo que vão implantar a guarda municipal. Nós temos que ter muita calma. Vamos prometer o que poderemos cumprir. É importante? Claro que é de extrema importância, mas temos que ver os recursos. Temos que fazer uma gestão séria , realmente comprometida com a comunidade, falando a verdade. 

 

P – De onde sairão esses recursos para incentivar esse trabalho. O senhor disse que  muitas vezes a polícia não tem nem papel . Como a prefeitura vai comprar papel para  Polícia candidato?

ES – Isso é muito simples. É uma questão simples de parceria. Ás vezes é sentar à mesa, com o setor empresarial . Agora um belo exemplo que o CIC fez junto com o Consepro que vão arrecadar valores. Então a prefeitura pode ceder em uma área  e o setor empresarial ceder em outra área , fazer parcerias, às vezes não é o dinheiro público é darmos condições. Sentarmos à mesa para resolvermos o problema . Os recursos existem. Nós devemos, de repetente, deslocar de uma área para outra , mas temos que atacar o problema da segurança que é um problema de todos nós, de todos os dias, que saímos de casa assustados. Então é o seguinte, uma gestão séria, uma gestão transparente, sentando realmente com os atores responsáveis,  para resolver o problema

 

P – Com relação ao presídio estadual em Bento Gonçalves, o novo presídio que temos um projeto também há algum tempo já. Havia  a disponibilidade de recursos federais. Esses recursos tiveram que ser devolvidos , foram perdidos. Qual seu entendimento, o senhor pretende manter essa negociação com o estado de permuta de áreas com a iniciativa privada para poder construir esse presídio? E outra questão: o senhor pretende manter o local do presídio na Linha Palmeiro?

ES – A questão do presídio é muito complexa. Precisamos construir o presídio e tirá-lo do centro da cidade. Ponto. Vamos sentar à mesa com os atores que realmente possam nos ajudar e nós resolvermos o problema. O que não podemos é protelar. Isso vem há muito tempo, renovação de promessas, temos que resolver o problema do presídio no centro da cidade. Não pode estar no local que está. Nós vamos dar andamento sim e vamos cobrar do governo do estado  a construção e a prefeitura não pode se eximir da responsabilidade de estar junto, porque o problema é nosso aqui, o presídio está em Bento Gonçalves. Nós vamos sim dar continuidade aos projetos e vamos cobrar do governo do estado  a construção e que retire o presídio do centro da cidade  que isso é uma vergonha para o nosso município. 

 

P – Quanto ao local, o senhor pretende reabrir esse debate?

ES – Sempre se decide em coletividade. Não podemos prejudicar ninguém.

 

P – Já não está decidido candidato? 

ES – Podemos reabrir o debate porque não podemos prejudicar nem A, nem B, nem C. Precisa ser uma decisão que seja da coletividade. Não podemos prejudicar setores. Se tivermos que reabrir o debate, vamos reabrir o debate, o que não pode acontecer é o presídio estar no centro da cidade. Temos que deslocar ele para uma outra região  que queira receber o presídio também . Nós  temos que viabilizar isso. É um dever da prefeitura. 

 

P – O senhor acredita que tem outras áreas que possam receber?

ES – Tem outras áreas que possam receber, com certeza.

 

P – Então o senhor acredita  que a Linha Palmeiro não é o lugar ideal?

ES – Nós temos que conversar com os moradores, Não podemos colocar o presídio onde os moradores não querem que vá um presídio. Nós temos que viabilizar uma área que seja do entendimento de todos e existem áreas em Bento Gonçalves . Nós vamos sentar com os moradores daquela região , se aceitam realmente o presídio . Não podemos chegar lá e dizer vamos fazer o presídio aqui se a comunidade não quiser. Temos que fazer isso em benefício da coletividade. Não podemos prejudicar ninguém.

 

P – Candidato isso não é um retrocesso à medida que a gente já passou por uma discussão forte sobre isso , boicotes com relação a essa decisão,  e agora o terreno lá já é da prefeitura , já está cedido para este fim, não seria um retrocesso retomar essa questão?

ES – Temos que retomar a discussão e fazer. Essa discussão está lá e não fizemos nada até hoje, é somente renovação de promessas. Nós temos que ser ágeis, temos que sim decidir, com cautela, mas temos que decidir , decidiram fazer lá , mas não fizeram nada. Nós temos que decidir sim abrir o diálooo entendimento que seja um local onde todo mundo possa chegar a um denominador comum, mas temos que fazer. É muito fácil definir o local  e não fazer nada. Até hoje não fizeram nada. 

 

P – Candidato o senhor falou na criação da secretaria de Segurança Pública . Eu gostaria de saber na sua administração , em uma eventual administração de Evandro Speranza, o número de secretarias que nós temos hoje é o ideal, como o senhor encara o tamanho da máquina pública, o senhor pretende reduzir o número de Ccs? E outra questão: qual sua política em relação às terceirizações do trabalho? 

ES – Reduzir secretarias não é reduzir cargos. Nós vamos reduzir cargos de confiança. É muito fácil dizer vou reduzir secretarias, mas qual é a secretaria que vamos tirar. A secretaria da Cultura, foi criada? Não podemos. Secretaria do Esporte, do Desenvolvimento Econômico, Saúde, Educação? O que temos que fazer é reduzir CCs  e nós podemos fazer isso, porque nossa aliança é com o povo de Bento Gonçalves. Não temos nove, não temos sete partidos, não temos, como dizia o Brizola, interesses de grupos, temos comprometimento com a população de Bento Gonçalves. No nosso governo vamos reduzir drasticamente os cargos de confiança 

 

P – O que seria drasticamente?

ES – Nós vamos aproveitar muito os funcionários de carreira nos primeiros escalões do governo. Nós temos que valorizar o funcionário público e o funcionário público hoje em Bento Gonçalves da região da Serra Gaúcha é o que menos recebe.Temos pessoas muito qualificadas,  e temos o exemplo disso quando administramos Bento Gonçalves  com o prefeito Fortunato Rizzardo lá em 92 , a valorização que nós dávamos para o funcionário público Foi um grande prefeito para o funcionalismo público. Até hoje nós andamos por Bento Gonçalves e as pessoas nos dizem: olha foi a melhor administração para o funcionalismo público, porque ele valorizava o funcionário público.Na nossa administração o funcionário público vai ser nosso parceiro para estarmos juntos, realmente trabalhando para o município. Porque vou colocar um CC, que vai sair comigo daqui a quatro anos. Eu tenho um cargo qualificado, um funcionário público qualificado que pode agora já saber da matéria, saber na sua área de atuação o que precisa ser feito, porque vou colocar um CC?

 

P – O senhor trabalha com um número para essa redução ou um percentual?

ES – Drasticamente. Não sabemos quantos cargos de confiança têm em Bento Gonçalves . Nós vamos reduzir drasticamente . Isso sim, podem ter certeza. 

 

P – O senhor fala em valorização dos servidores, o senhor pretende manter a política da trimestralidade?

ES – É uma boa política , o que está bom a gente precisa manter 

 

P – Com relação a concurso público, o senhor pretende fazer um concurso público  e contratar servidores na sua gestão?

ES – Temos que fazer concursos públicos sérios para a administração pública. Isso é muito importante. Precisamos que pessoas qualificadas nos ajudem a administrar o município e via concurso público sério é  a melhor maneira de nós realmente  contratar pessoas para nos ajudarem a governar. . Temos que incentivar nossos funcionários públicos , no nosso governo vão ser valorizados, vamos implementa o plano de carreira, de todos os funcionários públicos e há 12 anos que está sendo implementado. É uma vergonha isso em Bento Gonçalves. Eu entendo que o funcionário público é  a  maior engrenagem da prefeitura, é aquele que vai abri a orta, que fecha a porta da prefeitura. Nós passamos, eu vou ser prefeito a  partir de 1º de janeiro se a população nos der essa alegria de nós administrarmos Bento Gonçalves , mas o funcionário público está há quanto anos, ele conhece a máquina pública, enquanto o cargo de confiança entra junto com o governante e sai. Muitas vezes sai antes e nessas últimas administrações sai na metade por apenas indicações e nós não temos esse problema,

 

P – Como o senhor lida positivamente com o fato de ter apenas dois partidos na coligação? Não é um problema no sentido de ter quadros efetivos, quadros com a qualificação adequada para os cargos da administração e também como compor uma base de apoio efetiva na Câmara de Vereadores com apenas dois partidos, um deles sem expressão eleitoral?

ES – Temos grandes profissionais no nosso partido. Eu vou ser prefeito se os eleitores em 2 de outubro votarem em nós , vão votar no PDT, no projeto da renovação, não da renovação de promessas como das outras candidaturas, mas um projeto de renovação transparente, para a comunidade de Bento Gonçalves, Nós sim, vamos ter pessoas qualificadas  para trabalhar conosco independente de partidos políticos , com muito orgulho sou do PDT, partido de Brizola, Partido Democrático Trabalhista Brasileiro. Nós vamos administrar com pessoas de outros partidos se necessário. Nosso partido, a partir de 1º de janeiro precisa ser Bento Gonçalves. Temos quadros qualificados no PDT, , mas temos que buscar também na sociedade em geral, independente de cores partidárias. É assim que se constrói uma administração, . Vamos fazer uma administração aberta, que contemple a comunidade  porque eu não tenho compromisso com ninguém a não ser com a comunidade de Bento Gonçalves. Desde a construção da outra candidatura, do companheiro Juarez Piva,foi por opção, não foi porque ninguém quis ir com o PDT, porque quando sentávamos à mesa para falarmos do plano de governo para Bento Gonçalves, eles nos diziam quantas secretarias quer o PDT? Quantos cargos quer o PDT? Estamos sozinhos por opção. Estamos com o PROS porque não nos pediu nada. Enquanto os partidos negociam cargos e secretarias e ffazem conchavos antes da eleição. Nós não somo um partido de conchavos. 

 

P – Uma das demandas da população na área da saúde é a construção de um hospital público . O senhor pretende continuar com o projeto que hoje está em execução? De que maneira? No seu entendimento que áreas de atendimento devem ser priorizadas , ele vai fazer baixa e média complexidade ou alta complexidade, concorrendo com o hospital filantrópico da cidade ? Como manter o hospital, garantindo o funcionamento adequado arcando com os custos com equipes médicas e medicamentos

ES – Questão da saúde precisamos dar atendimento para a população, se anda pelos bairros, pelo interior , pelos bairros mais necessitados, as pessoas clamam por atendimento. Se chega em um posto de saúde não tem médico para atender , não temos consultas, não temos exames, temos pouco, cirurgias eletivas atrasadas . Não podemos pensar que estruturas físicas resolvem o problema, a estrutura física não vai tirar a dor de barriga de uma crinaça. 

 

P – O hospital público não é apenas uma estrutura física, é todo um atendimento vinculado a esse atendimento  hospital. É uma prioridade para o senhor, o senhor vai fazer , de que maneira, todas essas questões, como finaciá-lo?

ES – A prioridade é o atendimento. Do hospital vimos o candidato do governo , César Gabardo, nos dizendo que tinha R$ 5 milhões parados para a construção do hospital. Um governo deles, governo PMDB, governo PP, governo que na última campanha foi Pasin e Gabardo, governo deles, estão renovando promessas, agora vão efetivar o hospital público, mas não fizeram em quatro anos,isso nos deixa indignados. A população está indignada na rua, os moradores estão indignados. 

 

P – E no seu plano de governo?

ES – Nós, se tem os R$ 5 milhões, vamos dar andamento porque não dar andamento? Claro que vamos dar andamento para o hospital , mas primeiramente temos que fazer o básico, atender as pessoas. Um hospital não se constrói do dia para a noite. Primeiramente temos que dar atendimento, zerar a fila de cirurgias, segundo números tem mais de 3 mil pessoas precisando de cirurgias de catarata, 

 

P – Isso quer dizer que o hospital público não é uma prioridade pelo menos para o primeiro ano do seu governo?

ES – Não é que não seja prioridade. Claro que é prioridade. , mas não temos recursos agora , porque não fizeram? É muito fácil dizer nós vamos fazer . É um sonho, vamos fazer, , mas primeiramente vamos atender as pessoas, gente, não vamos enganar a população, as pessoas precisam de atendimento. As mães precisam chegar no posto de saúde e serem atendidas. Nós precisamos fazer o básico, o simples. Propostas mirabolantes o povo está cansado. 

 

P – Parece que o tema hospital público é um tabu dentro do PDT?

ES – Não é que seja um tabu, temos que ter responsabilidade. Vamos fazer um governo de responsabilidade. Eu não saio de casa de manhã, deixo minha esposa com seis meses de gravidez, para vir mentir para a população de Bento Gonçalves. Nós vamos prometer aquilo que podemo fazer. 

 

P – O senhor está dizendo que é impossível fazer o hospital público na gestão?

ES – Não, não é impossível fazer, mas a prioridade é atender as pessoas. 

 

P – A necessidade de qualificação das UBSs é importantíssima, descentralização dos serviços de saúde , levando a ESF, o programa de saúde da família, para as periferias, onde ainda não atinge,  e para comunidades do interior. Temos bairros quase centrais da cidade que ainda recebem o ônibus amarelo da unidade móvel de saúde. Como o senhor imagina suprir a essas carências e chegar mais longe com esse atendimento que é tão importante para o senhor?

ES – O importante quando se chega a um posto de saúde é ter um médico especializado, que atenda as pessoas. Não podemos chegar a um posto de saúde e termos lá oito fichas para atendimento. Não pode acontecer isso, se for o nono a ser atendido, o décimo, como faz. Deixar de trabalhar, vai pegar a ficha para ficar até às 10h da manhã. Temos que fazer um agendamento que funcione, não presencial, que funcione, por telefone, para atender as pessoas. As pessoas clamam por atendimento. Claro as pessoas querem o posto de saúde no bairro, que é muito importante. Estava no bairro Zatt, aquela comunidade, lá a demanda também é um posto de saúde. O que eles procuram é atendimento. “Quando vamos para atendimento no Ouro Verde, demoramos muito para sermos atendidos. Então as pessoas querem é atendimento. Nós precisamos atender as pessoas com mais cirurgias, com consultas, fazermos realmente o básico, o simples, não vamos inventar moda.

 

P – Para isso nós precisamos de médicos, o senhor pretende contratar médicos e como contratá-los por concurso público. Hpje a gente vive um sistema de terceirização em que, na verdade, o contrato com a Fundação Araucária que presta esse serviço, é uma verdadeira caixa preta . A gente não sabe em que termos está determinado  o número de médicos, o número de atendimentos, ou até o número de horas que precisa ser prestada por esse profissional. Como resolver essa situação?

ES – Contratação de médicos, primeiramente, por concurso público Já no primeiro ano do governo por concurso público sério e contratação via prefeitura , não via Fundação. Se paga uma fortuna, é uma caixa preta.

 

P – Isso já foi apontado certa vez pelo Tribunal de Contas.

ES – Mas olha, nós precisamos dar atendimento. Eu nunca vi fazer o bem um apontamento como esse. Nós temos que contratar via prefeitura para economizar recursos.

 

P – É possível fazer isso legalmente candidato?

ES – Vamos viabilizar que seja legalmente. Vamos viabilizar para economizar recursos. Eu não vejo nenhuma instituiçao que condene alguém que faça o melhor para a população economizando recursos . E nós vemos que com concurso público e contratando  gia direto prefeitura

 

P – Candidato, o governo, a administração pública é diferente da iniciativa privada exatamente por isso . Quando a iniciativa privada pode fazer tudo o que a lei não diz que não pode fazer,na administração pública é exatamente o contrário, o prefeito somente pode fazer o que determina a lei. 

ES – Mas a lei determina sempre fazer o bem. Eleger prioridades, nós temos que fazer isso, nós vamos viabilizar e  trabalhar sim dentro da lei, mas temos que viabilizar para fazer as coisas certas e fazer andar a prefeitura.

 

P – O senhor não pretende renovar o contrato com a Fundação Araucária?

ES – Nós vamos avaliar muito bem para fazer uma economia. Nestes valores que estão hoje nós não vamos renovar coma  Fundação Araucária.

 

P – Há uma outra questão que é a contratação de médicos por concurso público sempre pareceu difícil para os municípios no interior do estado por conta dos ganhos  e de não poder oferecer um ganho adequado para esse médico. O senhor acha que o município de Bento Gonçalves pode concorrer nesse sentido, contratando médicos de carreira?

ES – Pode sim. Nós podemos pagar bem os nossos médicos. Porque se formam muitos médicos no Brasil interior e temos uma cidade hoje que as pessoas querem vir para Bento Gonçalves. Temos uma cidade maravilhosa, aqui é um lugar para morar que quantas pessoas não gostariam de morar aqui . Então se formam médicos em todo o Brasil .Quem vir sim para Bento Gonçalves, fazemos dar um  salário digno, um salário compatível , não estratosférico, um salário compatível , eles vão vir para Bento Gonçalves sim, que aqui é um lugar muito bom para se morar. 

 

P – Esses médicos estariam lotados principalmente nas UBSs para o atendimento direto à população. Um outro problema que a gente enfrenta hoje é a carência em especialidades  médicas. O senhor falou, gera demora no atendimento para consultar e acaba lotando os hospitais, acabam os atendimentos indo mais para os hospitais. Outra questão ainda são os exames de média e alta complexidade , que atrasam , há filas muito grandes, principalmente nas cirurgias eletivas. Como cobrir essa carência, como ampliar a satisfação dessa demanda, candidato?

ES – Nós temos um projeto, vou te citar um exemplo aqui, de Carlos Brabosa, que visitamos lá o meu amigo prefeito Xavier , lá eles têm a clínica do homem, eu falo isso com  propriedade porque meu pai faleceu de câncer de próstata, especialidades, com urologista e nós vamos implantar no nosso governo, específica clínica do homem para tratar preventivamente, médicos especializado que façam por agendamento, tudo gratuito, realmente pelo SUS, com agendamento, para a prevenção. Esse é um  exemplo e está aqui, em Carlos Barbosa, nosso prefeito Xavier, prefeito do PDT que muita gente se espelha na administração que ele faz lá na cidade de Carlos Barbosa. Então podemos fazer isso com muita responsabilidade. A clínica do homem vamos efetivar ela no nosso primeiro ano de governo, para que possamos realmente dar atendimento, eu sei que perdi meu pai de câncer de próstata e sei da dificuldade da prevenção 

 

P – Não há outra prioridade nessa questão das especialidades médicas. Na medida que outras doenças, como o câncer de pulmão, por exemplo, mata mais o homem do que o câncer de próstata, do coração por exemplo? 

ES – Todas as doenças são prioridades

 

P – Então o centro de especialidades não seria: 

ES – Também, pode ser feito o centro de especialidades , mas especificamente a clínica do homem, depois nós podemos criar o centro de especialidades também, específico para todas as áreas, mas é importante fazer, que não fique no papel e esse é um compromisso que queremos assumir com a comunidade de Bento Gonçalves e nós podemos fazer. Nosso compromisso não é de renovação de promessas

 

P – Contratando médicos por concurso e utilizando recursos de onde, para equipamentos, para prédio como funcionaria esse centro da saúde do homem

ES – Eu volto a falar, se no meu governo eu tiver que deixar de fazer um quilômetro de asfaltamento para investir em educação e saúde , nós vamos fazer . A prioridade é educação e saúde. Então  nós vamos fazer uma gestão séria, uma gestão com prioridades, e a saúde e a educação são prioridades. Vamos fazer uma gestão séria desde o funcionário apagar uma luz, desde apagar uma luz vamos economizar. 

 

P – Então podemos esperar com isso que um eventual governo de Evandro Speranza , a população não pode esperar grandes obras de arte na mobilidade urbana. Obras de arte que eu digo , para nosso povo entender, são viadutos, túneis, essas obras que muito se fala, o senhor disse que são promessas que são renovadas. Obras que a gente ouve muito falar em Bento Gonçalves que são efetivamente necessárias , mas que nunca saem do papel no seu governo também não serão elencadas . Se precisar tirar um quilômetro de asfalto o senhor vai colocar para a saúde, para a educação, 

ES – Veja bem como é fácil vir aqui e fazer promessas e não cumprir. Na outra eleição quando concorri juntamente com o companheiro Piva , a candidatura Pasin e Gabardo prometeu túneis e viadutos. Não cumpriram. E estão se apresentando e devem renovar de novo promessas. Então temos que ter muito cuidado . Nós temos que ter responsabilidade com a nossa população de Bento Gonçalves .Nós temos que fazer o básico .

 

P – O que seria o básico na mobilidade urbana? No sistema viário tão caótico, tão necessário , tão carente de soluções ?

ES – Incentivo para o transporte público, A passagem de Bento Gonçalves é muito cara. Que fique bem claro. Nós pagamos a passagem do valor de Porto Alegre. 

 

P – Não é o que dizem os empresários, o senhor está disposto a comprar essa briga?

ES – Eu não vou comprar briga. Vou fazer o certo. Nosso compromisso é com a população. Não tenho compromisso com ninguém. Não tenho compromisso com setores empresariais, não tenho compromisso com partidos políticos, não tenho compromisso com conchavos. Meu compromisso é com a população, eu sempre falo, eu levanto de manhã, deixo minha esposa grávida lá de seis meses. 

 

P – Há uma planilha de custos para definir esse valor os empresários dizem que essa planilha está defasada o senhor acredita que isso não no diz com a realidade , candidato?

ES – Eu não entendo porque Porto Alegre e Bento tem o mesmo valor de passagem. Lá andam 25, 30 quilômetros e aqui quantos quilômetros andam e é o mesmo valor de passagem. Qual é a planilha de custos? Se as empresas estão tendo prejuízos que vão embora de Bento , vamos licitar, que venham novas empresas para Bento Gonçalves.

 

P – É preciso licitar, a licitação está pendurada no pincel do Ministério Público

ES – Vamos cumprir a lei, se tiver que licitar vamos licitar. Nosso compromisso é com a população. 

 

P – Com relação ainda a essa questão do transporte coletivo,vamos seguir nessa toada. Nós temos uma outra demanda em relação a isso, é a integração das passagens. Hoje a gente tem que precisam pegar três ônibus para ir trabalhar, muitas pessoas pegam dois ônibus para ir para o trabalho, dois ônibus para voltar do trabalho. Pagam quatro passagens por dia. Geralmente,  a parte mais carente da população é a que é mais prejudicada por esse sistema. Não está mais do que na hora de implantar a integração das passagens ou a bilhetagem única, como fazer isso  no seu governo, candidato?

ES – Somente tendo, como nós, compromisso coma  população. Não fazendo aliança por interesses, não tendo compromisso por grupos. Nós podemos e vamos fazer isso. 

 

P – Como fazer na prática ?

ES – Implantar a passagem única. 

 

P – Chamar as empresas, negociar e dizer vocês têm tanto tempo para…

ES – Com certeza, vocês têm tanto tempo para fazer isso. Se não fizerem  isso vamos licitar ou está fora. 

 

P – O senhor promete isso para seu primeiro semestre de governo?

ES – Prometo isso para o primeiro semestre do governo porque nós temos o compromisso, volto a dizer, com a população de Bento Gonçalves. Imagina, são R$ 3,40 , você sai do bairro São Roque para o Botafogo você paga duas passagens por dia, se for 20 dias é R$ 70. R$ 70 é um rancho , para a comunidade, para a pessoa, para a família, orçamento familiar. Isso vai para uma pessoa, uma empresa, duas empresas. E se nós viabilizarmos isso quantos R$ 70  economizamos nas famílias de Bento Gonçalves. As empresas de ônibus, se têm prejuízo, que vão embora de Bento, 

 

P – Eles pagam R$ 140 porque pegam dois ônibus.

ES – Pegam dois ônibus. Se as empresas estão no prejuízo não trabalhem aqui. Não queremos que ninguém trabalhe com prejuízo, 

 

P – Com relação a um tema mais ameno, ainda ligado ao transporte coletivo, como ampliar esse sistema, como ampliar o número de linhas, como ampliar o número de ônibus que fazem a mesma linha, questões que sentimos aqui, trabalhando em rádio,a gente ouve todos os dias reclamações da população. A gente imagina e conversando com os empresários do setor, que uma das dificuldades para se investir ainda mais no transporte coletivo , na qualificação do transporte coletivo é exatamente esse impedimento da certeza da segurança  do negócio, da segurança da concessão, que hoje é juridicamente precário. É como o Ministério Público chama o contrato seguidamente renovado que compõe a concessão com as duas empresas que  trabalham em Bento. Como resolver esse impasse? 

ES – Vamos deixar bem claro. Não queremos mandar as empresas embora. Nós temos que sentar com as empresas, nós levarmos as demandas, não podemos ir lá no Km2  e o ônibus passar às 6h da manhã, uma linha de ônibus, o morador precisa sair às 6h e volta somente à noite. Por que somente uma linha de ônibus ? Temos que viabilizar linhas de ônibus nos bairros, para o interior. Nós vamos sentar com as empresas  de ônibus. A nossa proposta é essa. Vocês têm como conversar conosco? Tem como atender a demanda do nosso município? Sim, temos. Então nós vamos sentar e equacionar  e vamos resolver o problema. Se não tem, vamos sim, vamos licitar, ou senão o seguinte, que venham novas empresas para Bento, Gonçalves, não tem problema nenhum. Temos que começar do zero  o noss compromisso é com o morador de Bento Gonçalves.

 

P – Ainda na questão do sistema viário, o senhor disse que não pode se esperar promessas vãs, como túneis, viadutos, etc., o que o senhor chamou de promessas vãs, pelo que eu entendi, mas é preciso, o senhor sabe que o sistema viário de Bento Gonçalves é um gargalo, um funil, cada vez com mais gargalos, cada vez com mais líquido passando, digamos, e  aboca cada vez menor desse funil. Como a gente pode resolver isso , sincronização das sinaleiras, implantação de novos sistemas binários, o senhor acredita nas rótulas, asfaltamento d eruas por dentro dos bairros para eliminar essa necessidade de passar sempre pelas principais. Como fazer? Outra questão: como fazer as ligações tão necessárias norte-sul, leste-oeste, sem passar pelo centro da cidade?

ES – Nós temos o projeto, por exemplo, da construção do Centro administrativo. Achamos que é viável  a construção do centro administrativo. Nós  também construindo o centro administrativo, descentralizamos mitas secretarias que estão espalhadas pelo centro.

 

P – No lugar onde hoje está o projeto, no estádio municipal?

ES – Bom projeto, pode ser, é um bom projeto e nesse local acho que deva ser construído. Aí tiramos a circulação de muitos carros do centro da cidade. Então são essas situação que nós implantando realmente uma gestão séria, transparente, comprometida com a comunidade , nós podemos fazer.

 

P – Mas o senhor acredita que é preciso mexer nas vias?

ES – Precisamos mexer nas vias, mas precismos ver os recursos .Nós temos que fazer um estudo sério realmente, com os profissionais , não somos donos da verdade. Temos que fazer um grande estudo, porque todos os estudos que fizeram não resolveram o problema . Nós temos que fazer um estudo que resolva o problema  e sem gastos, com poucos gastos. Não podemos prometer perimetrais, túneis e viadutos. Não conseguimos. A primeira entrada de Bento Gonçalves, o bairro Santa Rita, é estrada de chão. É uma vergonha. Eu sou morador do bairro Santa Rita, é uma vergonha  primeira entrada de Bento que se passa

 

P – Isso pode se dizer que é uma prioridade, asfaltar os acessos à cidade, por exemplo, os principais acessos ao interior?

ES – Será prioridade no nosso governo sempre fazer o básico. Por exemplo, a entrada da cidade é uma vergonha, há seis meses, precisamos fazer, e falar o seguinte, se me der oportunidade de falar, do asfaltamento do interior . Hoje as cidades da região, a nossa região, a que menos tem asfaltamento no interior é Bento Gonçalves . E o asfaltamento do interior, eu por ser agriculto, homem do interior, eu sei da dificuldade que é para o escoamento da safra, eu sei da dificuldade que é o do jovem que poderia ficar no interior, mas elevem para a cidade porque lá não tem estradas, não tem condições, não tem sinal de internet, estamos abandonados. Se quisermos fazer agroindústrias no interior, não temos estradas, e sabemos que o turista vai até onde tem asfalto, começou a estrada de chão ele não vai mais. Emtão a questão da mobilidade é uma questão ampla, temos que olhar para toda cidade de Bento Gonçalve. Não serei alguém que vai colocar asfalto em cima de paralelepípedos, enquanto os agricultiores têm as estradas  intransitáveis. Eu estive na Linha Ferri, na Linha Demari, a situação das estradas lá é dramática. Lá os koradores disseram um apleido para nosso prefeito, que não convém nem falar aqui, porque apareceu prometeu e a administração Pasin e Gabardo prometeu asfaltamento para aquela região e não cumpriram . Isso é muito difícil. Isso desacredita a nossa classe 

 

P – Há recursos para isso? Para levar o asfalto ao interior?

ES – Mas é preciso começar, com prioridades. Eu não vou colocar asfalto  em cima de paralelepípedos.

 

P – Não vai prometer quilometragem de asfalto também?

ES – Não vamos prometer quilometragem, mas vamos começar a fazer , vamos fazer, porque temos um bom relacionamento com o nosso senador Lasier Martins que pode nos destinar emendas com os deputados federais do PDT, com outros deputados federais que querem ajudar Bento Gonçalves

 

P – Seus planos para gerar emprego neste tempo de crise?

ES – Nós vamos criar em Bento Gonçalves o fundo do empreendedor , uma linha de crédito de pequenos valores, que o meu amigo, deputado Gilmar Sossela, fez lá me Tapejara, pequenos valores R$ 2 a R$ 5 mil, microcrédito, que a dona de casa que quer comprar uma máquina de costura, quer costurar, ela não tem às vezes R$ 1, 2, R$ 3mil. A prefeitura vai emprestar, 24, 36 meses 

 

P – Ás vezes ela não tem um avalista para conseguir esse empréstimo

ES – Não precisa avalista. Nós acreditamos nas pessoas. Ele tem um bom projeto. Vai produzir em Bento Gonçalves. Essa pessoa paga. Pode ter certeza que essa pessoa paga. Vai pagar porque ela vai produzir. Nós estamos dando uma oportunidade. Temos o exemplo lá , Gilmar Sossela quando foi prefeito em Tapejara, nos disse não existe inadimplência, muito pouco, . Essas pessoas vão pagar porque estão recebendo uma oportunidade realmente para trabalha e e nós vamos fazer isso. Nós vamos disponibilizar para os microempreendedores , microcréditos, para que eles possam desenvolver. Aquela pessoa desempregada vai pedir emprego e não tem emprego. Estamos dando uma oportunidade, ele vai trabalhar, gerar emprego, vai gerar renda e mais tarde pode ser um grande empresário, se Deus quisermos

 

P – Hoje, como manter as empresas que estão município e a gente sempre ouve, todo o ano, estados assediando as empresas para levá-las embora. Algumas saindo mesmo de Bento Gonçalves, e outras sem possibilidade de expansão como o senhor vê essa questão para garantir empregos que já existem e gerar novos?

ES – Eu entendo que na nossa cidade a maioria dos empresários é tratada como se fosse bandidos. Ele quer ampliar sua empresa demora muito, a liberação. Precisa ser ágil. Temos que fazer a cartilha do empreendedor,  Se chega no Ipurb, na secretaria, quero ampliar minha empresa. O que preciso fazer, vai ter a cartilha do empreendedor.  A prefeitura vai lá depois e fiscaliza. Hoje precisa liberar para depois fazer . Nós temos que inverter a pirâmide, . Nós temos aqui empresários sérios, empresários comprometidos com a comunidades. Desburocratizar. Temos que agilizar, deixar as pessoas trabalharem. Nosso empresário hoje é tratado como um bandido. Por que isso? Pelos interesses, como dizia o Brizola, por que existem interesses escusos e no nosso governo não vai ter. Nós vamos fazer uma gestão séria. 

 

P – Vamos fazer um pingue-pongue: Fenavinho e os 50 anos do primeiro ano e do próximo mandato?

ES – Vamos reativar a Fenavinho. A Fenavinho é um cartão postal de Bento Gonçalves. Nós não podemos admitir que não se faça a Fenavinho como festa. A festa do povo de Bento Gonçalves, para os nossos agricultores, para s nossas vinícolas, porque o turista vem para Bento Gonçalves e possa ver realmente as nossas riquezas. E a Fenavinho é o nosso cartão postal.

 

P – Como fazer , tem dívidas. O senhor pode prometer que em 2017 vai se comemorar os 50 anos da Fenavinho, com uma feira?

ES – Nós vamos prometer e vamos fazer. 

 

P – E as dívidas do nome Fenavinho?

ES – As dívidas até hoje não se sabe quanto são as dívidas. Temos que resolver. O prefeito quando assume, assume o ônus e o bônus. Temos que ser bem taxativo, porque não podemos ficar em cima do muro.E u destesto pessoas que ficam em cima do muro. O problema está aí temos que resolver . Quem contratou essas dívidas estava no poder, estava fazendo naquele tempo a Fenavinho. Tudo bem, agora é o prefeito que vai ter que resolver o abacaxi. Nós vamos resolver e a Fenavinho vai sair sim em 2017., como feira, como a nossa festa da comunidade de Bento Gonçalves., para que nossos agricultores possam expor seus produtos, a nossa agroindústria, fazer uma festada comunidade de Bento Gonçalves. 

 

P – Candidato separação de lixo, coleta de lixo, gestão de resíduos sólidos. Hoje,temos um modelo que exporta lixo, e que não privilegia a coleta seletiva no sentido de criar condições para que as recicladoras trabalhem e ganhem dinheiro efetivamente com isso. O que fazer?

ES – A coleta de lixo é outra caixa preta em Bento Gonçalves. Passou do governo Gabrielli para o governo Lunelli , pro governo Pasin, todos criticavam. Ninguém mexeu com a única empresa. Os valores subiram uma exorbitância. Nós vamos sentar com a empresa de lixo. Vão ter que reduzir custos. É muito caro o que se trabalha para o transporte e a coleta de lixo em Bento Gonçalves. Se tivermos que criar uam empresa pública para a coleta de lixo nós vamos fazer. Porque nós vamos fazer muita economia.Vou gerar emprego e renda aqui no município, para fazermos economia. Se gasta muito hoje com a coleta e transporte de lixo em Bento Gonçalves. É uma caixa preta que no nosso governo vamos desvendar.

 

P – Candidato, o PDT enfrentou uma crise interna em 2015 que resultou na saída de dois dos três vereadores do partido na Câmara de Vereadores, entre eles o então presidente do Legislativo, vereador Valdecir Rubbo, que hoje nem candidato à reeleição é. Na época, a comissão de ética do partido chegou a  analisar um pedido de expulsão desse vereador. O que efetivamente aconteceu e como o senhor avalia que o PDT sai desse episódio?

ES – Fortalecido. Saímos muito fortalecidos. Nós não temos compromissos com grupos, com partidos , nós temos compromisso em faze realmente as coisas corretas. Não estavam fazendo as coisas corretas. Abrimos um processo de expulsão realmente dos vereadores . Saíram do partido. Hpje, não estão nessa sigla partidária. Então que sigam o caminho deles

 

P – Esse processo não comprovou essas coisas erradas que o senhor fala . O que eram elas efetivamente?

ES – Acho que é um processo que passou e nós batemos muito de frente  nesse quesito. Eles saíram do nosso partido. Hoje, estão em outro partido, Eu acho que agimos com firmeza. Eles saíram muito antes e avaliarmos eles realmente. Então não queremos entrar nessa polêmica. Hoje, eles estão em outro partido. O nosso PDT está trilhado seu caminho. Caminho com as pessoas de bem, pessoas que querem realmente fazer a transformação desse município. Eu não quero entrar em polêmica, eles que sigam o caminho deles, mas o PDT está trilhando o seu mesmo caminho, o caminho da honestidade, do trabalho, de um compromisso com as pessoas.

 

P – O partido não perde nomes que poderiam puxar votos, que poderiam criar uma possibilidade de uma bancada positiva para lhe auxiliar em um eventual governo do PDT?

ES – A nossa nominata é fantástica, a nossa grande nominata de candidatos a vereador do PDT é muito boa. Mas eu entendo que a partir de 1º de janeiro, quando assumirmos a prefeitura com o voto da comunidade de Bento Gonçalves. Os vereadores que forem lá são pessoas que vão querer realmente fazer algo diferente para o nosso município. Quanto a base de governo, a base na Câmara de Vereadores, eu confio nas pessoas, eu acho que as pessoas realmente querem fazer algo diferente para o nosso município e nós não vamos ter dificuldade para  de fazer uma base. Porque o bem comum, todos querem fazer uma grande trabalho e nós vamos engajar neles levado uma proposta séria, transparente que venha realmente aos anseios para atender as demandas da comunidade. 

 

P – Ao longo dos períodos que antecederam a campanha  eleitoral, que antecederam as convenções eleitorais, o nome do PDT era visto em várias negociações, era tido como um fiel da balança para compor ora com o PT , ora com o PMDB, houve convites para isso? Houve negociações, . O senhor disse que não loteou cargos e por isso o PDT sai sozinho, . Em contrapartida, esses partidos dizem que não fecharam com o PDT, por conta de uma instransigência sua, pessoal de ser candidato. Como o senhor avalia isso?

ES – Ninguém é candidato de si mesmo. Se é candidato de um grupo, de um partido , de um ideal. Eu tenho juntamente com o grupo do PDT, da comunidade de Bento Gonçalves, com as pessoas de bem , um ideal para a nossa comunidade. . Nós não fizemos uma composição para ganhar a eleição. Nós fizemos uma composição para governar Bento Gonçalves. Se era para ganhar a eleições, se fazia aliança com sete, oito, dez partidos para ganhar a eleição. Não, meu compromisso é com Bento Gonçalves. Fazer uma aliança, uma composição, para podermos governar No meu governo eu escolho os secretários. Eu tiro e escolho os secretários de minha confiança , eu serei o responsável. Claro que o grande grupo vamos ouvir. Todos vão nos dar cinco nomes em cada área, mas eu vou escolher. Eu tiro e eu coloco o secretário pela sua competência . A responsabilidade sim vai ser minha, porque eu quero fazer um governo para realmente ficar na história de Bento Gonçalves e nós precisamos de muita firmeza, de muita transparência, mas de muita firmeza para atacarmos todos os gargalos  do nosso município e somente se faz isso se você não tem o rabo preso com ninguém. Isso, graças a Deus, nós não temos. 

 

P – Candidato, estamos encerrando esta entrevista, uma última pergunta é sobre o último governo do PDT na cidade, que saiu acusado de corrupção, houve problemas jurídicos que envolveram inclusive a prisão do ex-prefeito e é acusado de estimular invasões e estabeleceu a política populista. Como o senhor avalia e em que termos o senhor se diferencia e um eventual governo do PDT renovando o PDT na prefeitura se diferencia e se assemelha a última experiência?

ES – Nós temos que aprender com os erros. Fi há 24 anos. Nós temos que aprender sim com os erros, mas nós temos que olhar para frente. Hoje, nós temos um PDT, um partido maduro. Nós temos hoje condições de governar Bento Gonçalves e nós somos a única alternativa a tudo que está aí. O ex-prefeito foi condenado, pagou pelo que tinha a pagar, , mas vou dizer o seguinte, perto de outros casos aí, nosso ex-prefeito mereceria ser diácono do padre na igreja, sinceramente. Nós temos que olhar para frente. O nosso PDT de hoje em diante, quando nós assumirmos a prefeitura, no dia 1º de janeiro, vamos fazer uma administração junto com a comunidade de Bento Gonçalves. Não somos os donos da verdade. Vamos fazer as coisas simples, não vamos fazer uma renovação de promessas como as outras candidaturas fazem, Isso é inadmissível. A cada quatro anos é uma renovação de promessa se passaram 24 anos . É a oportunidade, a vez da nossa comunidade de Bento Gonçalves nos dar uma oportunidade para esse município, fazendo realmente as transformações , fazendo uma gestão séria e transparente, voltada sim para os interesses da comunidade. 

 

 Entrevista de Rogério Costa Arantes