Memória LEOUVE

Setor moveleiro teve recuo de 9% em 2015, mas recuperação já inicia

Setor moveleiro teve recuo de 9% em 2015, mas recuperação já inicia

Num cenário diferente do ano passado, quando a crise se prenunciava e era preciso saber em que media viria, mais de 350 profissionais e diretores de empresas do setor moveleiro do Rio Grande do Sul e de outros estados estão reunidos nesta quinta-feira em Bento Gonçalves para o 26º Congresso da Movergs. “Hoje a crise apanhou a todos em alguma medida e agora o desafio é sair dela e retomar os negócios junto, ou se antecipando ao mercado”, indica o diretor da consultoria IEMI, Marcelo Prado.  Segundo o especialista, há prenúncio de melhoras na economia ainda para este ano. Nada de muito significativo, porém sinais de recuperação.

 

Entre os inúmeros índices mostrados por Prado ele pontua que ao produção mundial de móveis em 2015 foi de 482 bilhões de dólares, ou o dobro do que representava em 2004. Quase 60% desta produção se concentra na Ásia e o Brasil, com 3,2% da produção é o quinto neste ranking. “Melhoramos, pois há dez anos representávamos 2,3% da produção. Mas pioramos no quesito exportações, caindo de 12º para 32º no mundo, ou reduzimos pela metade nossa exportação”. Ele projeta tendência mundial de freio na produção em 2016.

 

Efetivamente os dados apontados para este ano de crise que foi 2015 foram de queda na produção de 8,9%. A projeção para 2016 ainda é negativo, de 4,16%. Parece bom, mas deve-se lembrar que este decréscimo se dá sobre uma base já ruim o suficiente que oi a de 2015.

 

No ano passado o Brasil 53 mil pontos de vendas de móveis e colchões, número que deve decrescer por conta da crise. 45 mil destas lojas são especializadas. Ao todo foram comercializados R$ 79,1 bilhões de reais em móveis e a projeção é de alta de 3,1% de valores nominais. Com decréscimo de 3,4 em volume de peças comercializadas.

 

Como mercado promissor, além das exportações, Prado sugere que as indústrias sigam as regiões em que a agroindústria seja o motor. Moradores de estados da região centro oeste tem mais capacidade de compra neste momento.

 

Na abertura do evento o presidente da Movergs, Volnei Benini, deu as boas vindas aos participantes convidando-os para construir um setor forte, atuante, crítico e comprometido. Ao mesmo tempo registrou que os dias tem sido marcados por insegurança. “Faltam políticas públicas em educação e saúde. Falta infraestrutura, crédito e ética”.

 

O presidente da Fimma Brasil 2017, Rogério Francio anunciou que 65% dos espaços do evento já estão comercializados. Isto representa 200 estandes. Também já há fechamento dos principais patrocinadores do evento.