O Secretário da Fazenda de Caxias do Sul, José Alfredo Duarte Filho, disse que o superávit apresentado pelo ex-prefeito Alceu Barbosa Velho no balanço orçamentário do município na manhã desta quinta-feira, dia 30, não existe. Em entrevista coletiva à tarde, ele acusou o ex-prefeito de omitir despesas e defendeu a tese de que o município fechou o ano com um déficit na ordem de R$ 32.991.862,52.
Segundo o Secretário da Fazenda, Alceu teria baseado a declaração do superávit apenas nas contas do executivo. Ele alega, no entanto, que as despesas com a Câmara de Vereadores (R$ 23.371.958,33) e com a Fundação de Assistência Social (FAS) (R$ 42.621.320,84) também devem entrar no cálculo.
Além disso, o secretário entende que o pagamento antecipado do IPTU, com o qual a antiga administração teria arrecadado aproximadamente R$ 20 milhões em dezembro de 2016, também entra na conta. Neste cálculo apresentado pelo José Alfredo, o déficit é de 32.991.862,52 levando em conta o adiantamento do IPTU e de 12.991.862,52 excluindo esse dado. “Não teve nenhum resultado positivo, considerando ou não a tomada de 20 milhões desse exercício para colocar no seu balanço de 2016”, alegou.
Notícias Relacionadas
Brasil
Preço da carne deverá ter reajuste no RS por causa das queimadas
Fornecimento de estados atingidos pelos incêndios no Centro-Oeste do país está menor
Custo de Vida
Governo do RS encaminha isenção de ICMS para cachaça artesanal gaúcha
Estado vai apresentar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a proposta; se aprovada, a nova regra entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025
O secretário também afirmou que a situação do empréstimo de R$ 100 milhões de reais junto à união passa pela credibilidade do município. Pela manhã, Alceu questionou o fato da prefeitura estar "quebrada" e mesmo assim estar buscando um empréstimo. “Esse empréstimo ainda não está oficializado. Há um interesse na tomada de empréstimo para fazer a construção de estradas no interior. Estamos nos habilitando. Para isso, nós estamos melhorando o balanço. Quando formalizarmos a tomada do empréstimo, teremos outros números para apresentar para o órgão garantidor. A credibilidade estamos dando pela rigidez da administração e revertendo esses números”, disse José Alfredo.
Além da apresentação do orçamento do executivo, a entrevista coletiva também foi marcada pela preocupação em relação a outras entidades do município. Representantes da Festa da Uva, da Codeca e do Samae demonstraram preocupação com a situação financeira das entidades.
