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Samu de Bento esclarece questionamentos sobre o funcionamento do serviço

Samu de Bento esclarece questionamentos sobre o funcionamento do serviço

Quase que diariamente os socorristas do Samu de Bento Gonçalves passam por situações constrangedoras e muitas vezes ofensivas em seus atendimentos, sendo alvos de muitos questionamentos.

 

A fim de esclarecer e sanar algumas dúvidas da maioria da população que não conhece o sistema de atendimento do Samu, a coordenadoria do serviço falou à reportagem do grupo RSCOM sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia e sobre seu funcionamento.

 

Atuante desde o primeiro semestre de 2011 na cidade, o Samu realiza de 300 a 330 atendimentos por mês, sendo cerca de 100 atendimentos clínicos e o restante atendimentos em geral, como acidentes automobilísticos, traumas, quedas entre outros. A origem da maioria dos questionamentos e ofensas recebidas pelos socorristas está no tempo de resposta das ambulâncias.

 

Segundo a enfermeira Mirian Sartor as pessoas geralmente reclamam da demora da unidade de resgate e também das perguntas feitas quando da chamada.

 

A enfermeira salienta que é preciso entender como funciona o sistema de atendimento “somos questionados com relação a demora no atendimento e queríamos informar a população que quando é feita a ligação pro Samu 192, quem atende é uma central de regulação em Porto Alegre, que é o Samu Metropolitano. Ela atende não só Bento Gonçalves mas em torno de 21 municípios aqui no RS e são eles que fazem toda a triagem. Só depois disso a gente recebe o chamado aqui em Bento Gonçalves”, afirma

 

A Central de Regulação

A cidade de Bento Gonçalves, apesar de ficar na Serra Gaúcha, é regulada pela Central Metropolitana. Os chamados feitos pela população bento-gonçalvense são recebidos nessa central, que realiza uma triagem, ou seja, algumas perguntas a cerca do chamado, como motivo da ligação, endereço, município, ponto de referência, e, em caso de acidentes, o número de vítimas. Neste caso ainda, a telefonista ainda pergunta qual estado da vítima. Se está consciente ou não.

 

Após essa primeira etapa a ligação é repassada a um médico regulador que dá o primeiro diagnóstico e orienta a pessoa que está fazendo o chamado, por isso a importância de se estar no local do acidente e passar o máximo de detalhes possível. Só após essa triagem é que a unidade do município é acionada, já orientada sobre qual ambulância utilizar, unidade básica ou avançada.

 

O trânsito

A partir daí, segundo a enfermeira Mirian, o atendimento é rápido. “Gostaria de frisar que do momento em que a gente recebe o chamado, que vem através de um smartphone, a saída da base é imediata”, salienta.

 

A enfermeira ressaltou que a chegada ao local não chega a levar 10 minutos, e que um dos maiores empecilhos é o trânsito da cidade “em média levamos de 5 a 8 minutos até a gente chegar ao local, dependendo a distância, outra questão que a gente tem de levar ao conhecimento da população é a questão do trânsito, muitas vezes quando as pessoas veem a ambulância passando os motoristas não sabem o que fazer e acabam não dando espaço para a ambulância para passar” falou a enfermeira.

 

Trotes

O governo do Rio Grande do Sul divulgou números que apontam que o Samu do estado recebeu, somente em 2015, pouco mais de 1,1 milhão de chamadas indevidas, sendo que cerca de 660 mil ou eram trotes ou pedidos de informações, ou até chamadas por engano, e não chegaram a regulação médica.  

 

Mais informações sobre o serviço do Samu podem ser acessadas no site do município de Bento Gonçalves