Memória LEOUVE

Ruptura

Ruptura

 

Será que precisamos de ações que nos chocam para mudar? É o que chamo de pontos de ruptura que a vida nos dá ou que vão sendo arranjados e não percebemos.

 

Vamos entrar no assunto. É quando algum fato rompe, como se interrompesse um ciclo, modificasse de maneira súbita o que está estabelecido. Muda o que parecia que estava arrumado, e impõe uma nova ordem nas coisas. Como por exemplo, podemos falar naquela tal da gota d’água que faltava para acabar um relacionamento. Como disse, nesse caso foi uma gota d’água. Ou seja, antes disso já tiveram situações que indicavam que a situação não ia bem. E, foi se arrastando, até que um dia chegou ao ponto de ruptura. Outro exemplo, que ocorreu há alguns meses atrás: a foto de uma criança afogada numa praia da Grécia, fez com que um grupo de países refletisse mais seriamente sobre os problemas de imigração.

 

 

Assim, as circunstâncias ou as situações que vão se desenhando ao longo do tempo exigem que tomemos posturas de mudanças. Como mudar uma lei, que não atende aos desejos da sociedade. Ou em alterar um protocolo médico, que não recomenda mais que o atendimento seja feito daquela maneira. Se pensarmos atentamente, analisaremos que todos os dias existem situações que vão mostrando que algo precisa ser modificado para que possamos ter uma vida melhor.

 

 

Os pontos de ruptura são pequenas ações ou reações que vão mostrando o que está certo ou errado, e nós decidimos, ou os outros decidem por nós, que se irá ou não continuar existindo ou ocorrendo. Às vezes nos causam surpresas, outras vezes não.

 

 

Não importa se foi gerado de uma situação boa ou má, mas pode ser útil a alguém ou uma comunidade. Aí fica sempre aquela pergunta que não quer calar: estamos preparados para aceitar as conseqüências das mudanças?