Memória LEOUVE

Reta final

Reta final

Bem, se havia alguém que se queixava de que estava faltando clima de eleição, que o período estava curto, que a lei impedia várias ações de outrora, pelo menos nesta reta final não terá do que se queixar.

 

 

Estão aí os debates. Cada rádio ou meio digital e tv promovem o seu. Há debates comedidos. Pelo menos em frente às câmeras e microfones. Mas soube que em Farroupilha, no final de semana, houve assessores partindo para a agressão física. Em Caxias o prefeito Alceu Barbosa Velho, que está fora do pleito, acabou soltando o verbo no twitter. Praguejou contra o PT que teve negada sua representação na justiça alegando abuso do poder econômico na campanha.

 

Aqui em Bento o espetáculo foi para as páginas de polícia. Num dia carro clonado e preso do regime semiaberto são pegos com material de um candidato. Um ou dois dias depois apreendem material de outro candidato, que teria conteúdo inverídico contra seu oponente.

 

Jornais sendo usados para estampar pesquisas que tem a mesma credibilidade de que a pública. É um jogo de vale tudo muito comum em época de campanha. E um jogo de convencimento para tentar levar de arrasto quem ainda não sabe para quem dedicar seu voto. Qualquer número pode se desmanchar nas 48 horas que antecedem a eleição. Candidatos, assessores e cientistas políticos sabem e se preocupam com o fenômeno. Portanto uma pesquisa de hoje não tem muita preocupação em reproduzir a verdade, ela é utilizada como método de convencimento – isto, é claro levando-se em conta os trabalhos realizados por empresas que não precisem zelar por sua reputação.

 

 

As verdadeiras pesquisas, estas estão nas salas dos candidatos e do pequeno núcleo pensante que o cerca. Eles sabem sim como pensa o povo e a partir deste número é que movem as peças do tabuleiro. Inclusive fazendo circular pesquisas nem tão fidedignas. Afinal, o importante é ganhar.