Após o protesto dos moradores do residencial Novo Futuro na terça-feira, dia 2 de junho, pedindo atenção para os problemas enfrentados por quem reside no local, mudanças serão realizadas, como um ponto de leitura visando a cultura e lazer dentro do residencial, e o centro de esporte unificado (CEU) que beneficia todo o bairro Ouro Verde, ainda em julho deste ano, conforme informações da Secretária de Habitação e Assistência Social de Bento Gonçalves.
Essas medidas serão tomadas diante da preocupação da atual Administração Municipal com questões de dificuldades existentes no condomínio e que se intensificou com as reclamações, segundo Adriana Rigatto Gabbardo, Secretaria de Habitação e Assistência Social do município. "Dentro das normativas exigidas as crianças são inseridas no centro de convivência, o Ceacri, e estaremos dentro do mês de julho inaugurando o espaço de cultura e lazer e o centro de esporte e cultura unificados para todos os moradores", garante.
E mesmo com as novas melhorias, a secretária conta que em 2013 a prefeitura em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), realizou um trabalho junto aos moradores para orientá-los com suas obrigações, como direitos e deveres para morar em um condomínio. E ainda acrescentou que o acesso a serviços assistenciais em alguns momentos é facilitado, pois realizam as atividades dentro do espaço. "Somos sensíveis as questões apresentadas pelos moradores, a maioria de baixa renda e a secretaria de assistência social realiza da forma mais acessível através dos centros de assistência", ressalta.
E quanto ao número de moradores ser grande no local, nos anos de 2014 e 2015 um levantamento de dados foi realizado para verificar as ocupações irregulares e os dados obtidos foram encaminhados para a Caixa Federal, pois a construção do residencial foi através do programa Minha Casa Minha Vida. Essa medida foi tomada com a finalidade de que uma medida cabível fosse tomada, pois esse também é um dos fatores preocupantes.
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O condomínio possui 20 prédios de apartamentos, com uma área de 2,2 hectares, para abrigar 420 famílias, que chega atualmente a cerca de mil habitantes. "Pense, temos cidades vizinhas que tem dois mil habitantes, por isso essa preocupação, no projeto inicial deveria ter sido contemplado uma unidade básica de saúde e uma creche, por exemplo, mas isso não ocorreu. O único propósito de quem planejou a obra foi colocar as pessoas lá dentro, sem oferecer a estrutura necessária", lamenta a secretária.
Mas existem alguns problemas que vão além do âmbito da atual administração, defende Adriana. "Somos sabedores de que existem problemas relacionados ao pagamento da água, na segurança, porém com todo o esforço do governo em mediar essas questões, os problemas são particulares do moradores", explica.
E quanto a verba aprovada na Câmara de Vereadores do município, de 280 mil, a peça fechada com grades que seria uma biblioteca para os moradores e o possível funcionário que teria se elegido como conselheiro tutelar e não correspondido mais com as expectativas dos residentes, Adriana diz desconhecer essas informações.
