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Prefeitos pressionam, mas 'Ciclovia do Vinho' continua sem previsão

Prefeitos pressionam, mas 'Ciclovia do Vinho' continua sem previsão

Não há previsão para que o projeto da Ciclovia do Vinho, no Vale dos Vinhedos, que compreenderia cerca de 8,2 quilômetros e beneficiaria o setor do enoturismo na região, saia do papel, segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

 

O projeto foi concluído em 2010, ainda no governo Yeda Crussius, porém no governo seguinte, foi arquivado e retirado da pasta de prioridades do Estado.

 

Segundo o diretor estadual do Daer, que na época era lotado em Bento Gonçalves, na 2° Superintendência, Rogério Ubert, o projeto foi resgatado no início do Governo Sartori, porém não há previsão de execução “é um projeto bem pujante, atende boa parte do vale, principalmente a parte das vinícolas e a gente está trabalhando para ver qual encaminhamento a gente dá pra isso, só que ele é uma das centenas de demandas que o Daer tem” ressaltou.

 

No mês de maio ocorreu uma reunião, entre prefeitos das cidades de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi, além de representantes da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), com o diretor da Secretaria de Transportes do Estado, Vicente de Britto Pereira, e o próprio diretor do Daer, na busca de soluções para o impasse.

 

O secretário de Turismo de Bento Gonçalves, Gilberto Durante, também participou do encontro, e ressaltou que a reunião teve o objetivo de recolocar o projeto na pasta de execuções do estado. Segundo ele, o governo pediu um prazo para a atualização do orçamento, que inicialmente ficava em 5,7 Mi, e depois, uma nova reunião deve ser marcada para tentar incluir o projeto no orçamento do Estado.

 

Algumas alternativas, como a participação da iniciativa privada, também foram discutidas, e, conforme Durante, devem ser usadas “foi colocado na reunião, que haveria uma participação da iniciativa privada, liderada pela Aprovale, no sentido de buscar também, recursos financeiros” ressaltou o secretário.

 

Os recursos da iniciativa privada, o qual foi citado por Durante, já teriam uma origem. Segundo o próprio presidente da Aprovale, Márcio Brandelli, “o dinheiro viria do Banco Mundial, que é um fundo pra rotas turísticas”. Ele ainda se mostrou bastante otimista com o andamento do projeto “nós estamos esperando que isso venha acontecer, estamos otimistas que vai sair sim essa ciclovia, mas estamos na retaguarda, esperando que comecem as obras”.

 

A Ciclovia do Vinho, segundo seu projeto, iniciaria na entrada do vale, no entroncamento da RSC-444 com a BR-470, e iria até a Vinícola Cave de Pedra, abrangendo mais de 30 Vinícolas. Entre as obras estão recuperação do pavimento asfáltico da rodovia.