Memória LEOUVE

Prefeitos imobilizados ou enrolados

Prefeitos imobilizados ou enrolados

Estamos “comemorando” (é, assim mesmo, entre aspas) os cem dias de governos dos prefeitos eleitos em outubro do ano passado. Há mesmo prefeitos que estão atingindo esta marca. É o caso de Daniel Guerra, em Caxias, Evandro Zibetti em Carlos Barbosa ou Adenir Dallé em Monte Belo. Há casos porém como o de Claiton Gonçalves, de Farroupilha, de Antônio Cettolin em Garibaldi ou Guilherme Pasin em Bento, que estão bem além do centésimo dia. Estão em segundo mandato e, como bem salientou Pasin e evento da CDL na última quinta-feira, ele já estava na cerimônia de entrega do Mérito Lojista pela quinta vez.

 

Pois aí vem balanços sobre as medidas ou a falta delas. Os prefeitos e governantes em geral sabem que esta é uma data emblemática. Podem ser alçados à condição de potencial líder regional e ver seu nome ungido pelo partido como promessa para um cargo maior – deputado ou até governador. Ou podem, definitivamente, ver sua popularidade despencar.

 

Não é à toa que governantes gostem de imprimir medidas de impacto. Servem para mostrar àquilo que vieram, costumam reforçar o cumprimento de promessas de campanha. Mas também medidas negativas costumam ser tomadas logo no início. Aí o propósito é outro. Toma-se o desgaste logo de cara em nome da governabilidade e o êxito vem a médio prazo, possibilitando a recuperação do degaste.

 

Em Caxias os primeiros cem dias foram de guerra, trocadilho infame, mas real. Legítimo caso de uma administração pelo conflito que ninguém sabe aonde vai dar.

 

Em Bento, Pasin tem se esforçado para não errar e tem evitado contatos com pessoas e partidos que estão se vendo relegados ao esquecimento na hora da montagem do segundo governo. Alguns secretários se mantem sem nunca terem sido confirmados como secretários para este segundo mandato. Não sei se dormem tranquilos ou se pensam que podem ser apeados.

 

 Em Garibaldi há quem diga que a situação é de absoluta normalidade – o que neste caso se diria, continuidade ou até marasmo. Isto necessariamente é ruim? Possivelmente não. Mas o comodismo no ambiente das administrações de municípios levam à ACOMODAÇÃO E AO VÍCIO. Então, cuidado. Nem tanto Guerra, nem tanto Cettolin.

 

Em Monte Belo o prefeito Dallé parece estar passando mais tempo se defendendo de ataques de guerrilha vindos do front judicial. Difícil saber se terá fôlego para se defender e ainda olhar para o futuro do município. Tomara que consiga.

 

 

Enfim, cem dias é pouco, mas dá mostras de como poderá ser o futuro: dinâmico, cauteloso, arrojado, conturbado. A maioria das pessoas talvez nem queira saber. Pensam que não tem nada a ver com isto. Ah! Se eles a soubessem.