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Prefeito declara que greve dos médicos é “ilegal” e “imoral” em Caxias do Sul

Prefeito declara que greve dos médicos é “ilegal” e “imoral” em Caxias do Sul

O prefeito de Caxias do Sul Daniel Guerra (PRB) definiu a greve dos médicos de Caxias do Sul como ilegal e imoral. A declaração de Guerra ocorreu durante uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, dia 3, no Centro Administrativo Municipal.

 

Segundo o prefeito, serão descontados os dias não trabalhados do salário dos servidores que aderiram à paralisação. Uma ação também foi ajuizada contra o Sindicato dos Médicos, já que, segundo Guerra, a entidade não cumpriu com algumas questões legais em relação à greve e ainda estaria coagindo os profissionais a aderirem ao movimento. 

 

“Ela (greve) não só é ilegal como imoral, e por isso estamos adotando as medidas legais necessárias para garantir o atendimento à população”, salienta.

 

Guerra também disse que não há possibilidade de negociação sobre a questão do ponto, desta forma os médicos terão que cumprir integralmente as jornadas de trabalho estabelecidas no edital do concurso público. A proposta da prefeitura para os servidores é a seguinte, a redução da carga horária de 20h para 12h, desde que os médicos abram mão da parcela autônoma, com o salário de  R$ 5.596,29, ficando em R$ 3.595,39. Os médicos por sua vez, querem reduzir a carga horária e manter a parcela autônoma. Em contrapartida, os servidores atenderiam 18 pacientes – em vez de 9 – por dia.

 

O prefeito ainda solicitou que os médicos descontentes com as medidas adotadas pela prefeitura que peçam a exoneração. 

 

“Quem não quiser respeitar a lei, quem não quiser respeitar o concurso e o edital, onde está muito claro qual são os vencimentos e a carga horária exigida, e quem não quiser respeitar a população que peça exoneração. Para que se possa ter a vaga para que possamos chamar novos profissionais que estão com muita vontade de vir para o serviço público”, destaca.

 

Os médicos paralisaram as atividades na última quarta-feira nas Unidades Básicas de Saúde e nos Centros Especializados de Saúde. Ontem, dos 164 profissionais que trabalham nas UBS’s e nos CES, 87 aderiram à greve.

 

O Presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei dos Santos irá se pronunciar durante a tarde sobre as declarações do prefeito.