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Prefeito de Bento Gonçalves rebate críticas e revela incompreensão do vice

Prefeito de Bento Gonçalves rebate críticas e revela incompreensão do vice

Em resposta às acusações feitas pelo ex-vice-prefeito de Bento Gonçalves Mário Gabardo durante a entrevista coletiva concedida para anunciar sua renúncia ao cargo, concedida na Câmara de Vereadores na manhã desta quinta-feira, dia 23, o prefeito Guilherme Pasin reuniu o secretariado e contestou as críticas do ex-companheiro de governo na tarde da quinta-feira, durante entrevista concedida no Salão Nobre da prefeitura.

 

Pasin fez questão de demonstrar “respeito e apreço” a Gabardo, mas afirmou que as manifestações do vice revelam “incompreensão com as ações do governo”. O prefeito afirmou que a saída de Gabardo “faz parte do jogo político”, e deixou transparecer que acredita que a decisão tem a ver com os caminhos que cada um deve seguir nas próximas eleições municipais.

 

Enquanto procurava desmentir as acusações de Gabardo, o prefeito aproveitou para enumerar o que considera realizações de seu governo, mesmo admitindo que nem tudo que estava previsto em seu plano de governo foi realizado.

 

“Entendo o processo administrativo que o fez tomar a decisão de hoje, mas reforço o compromisso de que estamos fazendo e queremos fazer ainda mais pela população. Os quesitos transparência e moralidade são seguidos diariamente”, garantiu Pasin, que rechaçou as acusações de falta de transparência na administração e falta de diálogo com o vice.

 

O prefeito repudiou os principais pontos elencados por Gabardo como motivos para saída: garantiu que as obras para a implantação de um hospital público “nunca pararam”, informou que nos próximos dias estará entregando à comunidade uma unidade de pronto atendimento 24 horas para a zona norte da cidade, afirmou que a criação da guarda municipal não foi descartada, apenas não é prioridade, e assegurou que a mudança de gabinete do vice-prefeito foi justificada pela necessidade de readequação dos espaços para agilizar os processos administrativos.

 

Além disso, Pasin rechaçou genericamente a acusação de que seu governo legará a sucessor uma dívida próxima dos R$ 80 milhões.

 

 

“A falta de compreensão em certos momentos faz com que dados sejam jogados sem a total conexão com a verdade”, disse, ao lembrar que seu governo quitou compromissos em torno de R$ 45 milhões herdados do governo anterior e que parte do atual passivo ainda pode ser revertido a partir de ações judiciais em andamento.