O que move o teu voto? O que faz você mover tua intenção de um candidato para outro? Já parou pra pensar? Pois outro dia joguei esta indagação aos colegas de debate no sem Nome e logo surgiu uma lista de motivações. Das mais comezinhas às mais fundamentadas.
Da empatia por um determinado candidato à rejeição absoluta a outro; da proximidade geográfica ao alinhamento programático.
A comparação de governos anteriores pelos partidos, o que fizeram ou deixaram de fazer também pesa. E tem gente que vota em protesto, tem quem vote só pra ganhar se deixando influenciar pelas tendências apontadas em pesquisas.
Mas vamos ser sinceros, a maioria das pessoas sequer compreende bem porque seu voto é de um candidato e não de outro. Muitas vão no efeito manada. E é aqui nem mesmo o árduo trabalho dos marqueteiros e assessore pode influenciar.
Mesmo assim o trabalho deles é importante. O marketeiro dá o lustre, enfeita a maçã. Os assessores políticos dão o tomo: ataque mais, não responda, vá ao debate ou não vá.
Sartori, por exemplo passou o primeiro turno inteiro como candidato bonachão e agora tenta reforçar esta tese chamando a própria mãe para dizer aos gaúchos que ela o ensinou a não brigar. Olha que como governador, se não for bom de briga será patrolado.
Assim como Sartori, Aécio também foi o azarão do primeiro turno. Resta saber como se portarão no papel de protagonistas. Mas o foco desta conversa não s~çao os candidatos e sim os eleitores e o que os move para votar. Vai se repetir o efeito manada neste segundo turno? E para que lado irá o grosso dos votos?
E se a pergunta inicial era esta de saber para onde vai e o que motiva o voto, vale lembrar exatamente que isto serve para uma parte dos eleitores, porque uma grande parte acaba decidindo só na última hora.
Esta parte considerável, que talvez seja mesmo a maioria, não tem compromisso com partido ou candidato. Está solta atrás de quem a encante com propostas e postura. Votam por protesto, ou para ir com a corrente, por continuísmo ou por mudança, Difícil prever em quem votarão. Aí é que entra mais uma vez a importância do poder de convencimento de candidatos e do séquito de profissionais que os auxiliam.