Memória LEOUVE

Os aliados, os delatados e Marcela, que não gosta de vermelho

Os aliados, os delatados e Marcela, que não gosta de vermelho

Hoje, um amigo me perguntou se era possível afirmar que o presidente Temer tenha pelo menos um amigo honesto, e eu sorri como se fosse uma boa piada diante de todas as notícias que fervilham dia após dia no noticiário político tupiniquim.

 

Mas depois eu me peguei pensando bem e me dei conta de que a pergunta é muito séria, e a resposta parece ser mesmo um caso muito grave, porque entre os mais frequentes amigos do temerário presidente estão o agora presidiário Eduardo Cunha e os sempre delatados Romero Jucá, Geddel Vieira lima, José Sarney, Renan Calheiros e Eliseu Padilha.

 

Todos eles, sem exceção, são velhos aliados de Temer e foram caciques de alta cepa do PMDB.

 

Todo eles, sem exceção, estão envolvidos até os gargomilhos em denúncias de corrupção.

 

E a gente não pode esquecer que Temer era o grande chefe do partido, o presidente do PMDB, o homem que comandava o esquema de troca de apoio por cargos nos corruptos governos petistas e que, com o impeachment, passou a comandar a maracutaia sem intermediários.

 

A verdade é que não se pode mais afastar a participação de Temer nos episódios que envolvem seus aliados. E não adianta mais nem afastá-los do governo. Afinal, o próprio Temer é citado por delatores da Lava-jato e se enrola cada vez mais nas maracutaias dos amigos.

 

Não custa lembrar que jamais, neste país de botocudos, um governo sério sofreu tantas quedas de ministros e auxiliares diretos em tão pouco tempo por desvios éticos e morais.

 

 

E enquanto Temer diz que tá aliviado porque Jucá ou Geddel já não fazem mais parte do governo e Marcela torra dinheiro público pra trocar os tapetes persas simplesmente porque não gosta de vermelho, as falcatruas dos amigos começam a explodir cada vez mais perto da sala principal do Palácio do Planalto.