Há cinco dias, um grupo de alunos do Colégio Júlio de Castilhos, o maior do estado do Rio Grande do Sul, ocupam as dependências do estabelecimento de ensino localizado no bairro Azenha, na capital gaúcha. Organizados, pelo menos 50 adolescentes realizam o controle de entrada e saída no portão principal do colégio, anotando nome, documento e horário que cada pessoa ingressa no prédio.
Segundo uma estudante, que é menor de idade, o grupo não concede entrevistas por áudio e vídeo. Ela reafirma que as reivindicações do grupo são por melhores condições para o recebimento de aulas, mais professores, além de uma melhor remuneração para eles. Com a luz cortada do prédio desde a manhã desta segunda-feira, os alunos aguardam por uma reunião de tentativa de acordo para desocupação do colégio para tarde de hoje com representantes da Secretaria Estadual de Educação.
Durante a presença da reportagem do Grupo RSCOM, um ex-aluno esteve no local levando donativos (alimentos e bebidas) para os ocupantes. Para ele, todo apoio da população é necessário, uma vez que, segundo ele, a causa é a educação, sendo assim, nobre.
O número de adolescentes que estão no interior das dependências do colégio é em média de 60 alunos. No entanto, segundo os alunos que permanecem no portão principal da instituição, à noite, o número chega a 100.
Com a aprovação da greve em assembléia geral na sexta-feira nenhum professor esteve no local nesta segunda-feira. Não há previsão para o fim da ocupação.