O Deputado Estadual Vinícius Ribeiro (PDT), principal representante da Serra Gaúcha na Assembleia Legistlativa, tem um posicionamento firme em relação à crise política vivida pelo estado e pelo país. Para o deputado, o desafio em 2017 é debater qual o tamanho necessário da máquina pública estatal. “O que está em jogo hoje é a ideologia do estado, do tamanho do serviço público. Ou tu traz o estado para a realidade, ou o povo te tira da tua realidade”, defende Vinícius.
Ao longo de 2016, Vinícius Ribeiro foi o deputado que mais apresentou projetos para apreciação na Assembleia Legislativa, somando 21 propostas. Entre as aprovadas, destaque para a que regulamenta a produção do Queijo Artesanal na Serra Gaúcha e o projeto que institui a Política Estadual de Mobilidade Urbana no Rio Grande do Sul. “É possível trabalhar gastando menos. Apresentamos 21 projetos de lei em 2016. Foram mais de 250 viagens dentro do estado sem nenhuma diária. De todas as verbas disponíveis para o gabinete, devolvemos boa parte. A própria aposentadoria dos deputados, que eu votei contra, não aderi. Produzimos bastante conhecimento com economia”, avalia Vinícius.
O ano de 2016, no entanto, também foi marcado por um revés para o deputado. Coordenador de campanha de Edson Néspolo na corrida pela prefeitura de Caxias do Sul, Vinícius não conseguiu eleger o candidato pedetista. Para o deputado, a derrota trouxe algumas lições que foram avaliadas internamente pelo partido. “As avaliações são internas. O partido fez junto com o candidato, com algumas lideranças. Nós entendemos que precisamos de três coisas: sabedoria para ouvir a população, humildade para acolher as propostas e coragem para fazer o que a população deseja”, pontua.
Desafio para 2017
“O maior desafio em 2017 é trabalhar para a segurança pública. É preciso retomar o relacionamento da Brigada Militar, os investimentos da BM da ampliação do policiamento ostensivo, do policiamento comunitário e também na realização do convênio da BM junto ao Ministério da Defesa, para fazer atividades em conjunto entre policiais e o exército”
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Tamanho do estado
“Eu não defendo o estado que concentra todas as prestações de serviço e que domine o mercado, mas também não concordo em relação ao estado mínimo, em que o estado não faça praticamente nada e que o mercado regule. A participação do estado precisa ser de um estado necessário e para que isso aconteça todos os poderes precisam cortar na carne”
Relação com o PDT
A votação do Projeto de Lei (PL) 246/2016 parece ter estremecido a relação de Vinícius com alguns setores do PDT. Na quarta-feira passada, Vinícius contrariou a orientação da sigla e votou a favor do Projeto de Lei que extingue as fundações Zoobotânica (FZB), Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), de Ciência e Tecnologia (Cientec), de Economia e Estatística (FEE), para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) e de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).
“A minha relação no PDT sempre foi de muita crítica. Eu entendo que parte do nosso partido tem se distanciado da população. Me incomoda muito essa aproximação do PDT com o PT. Meu trabalho será sempre o de ter o olhar para o cidadão, de ter o olhar para as pessoas. Quanto mais próximo o partido estiver da população, menos crítica ao partido o Vinícius vai ter”, explica o deputado.
