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Nolasco afirma que prefeitura de Bento pode buscar ressarcimentos

Nolasco afirma que prefeitura de Bento pode buscar ressarcimentos

A presença do secretário-geral de Governo de Bento Gonçalves, Jovino Nolasco, na sessão da Câmara de Vereadores desta segunda-feira, dia 30, gerou mais discussões do que esclarecimentos. Ele foi como convocado para falar sobre a paralisação de obras no município depois que a Mesa Diretora aprovou um requerimento de autoria do vereador Moacir Camerini (PDT).

 

Camerini esperava que a presença do secretário pudesse esclarecer dúvidas com relação ao atraso de obras, à paralisação dos trabalhos e o consequente prejuízo ocasionado aos cofres públicos, mas a expectativa restou frustrada, principalmente com relação à pavimentação da rua Lajeadense e a construção de um Ceacri no bairro Municipal, a construção de uma escola infantil no Loteamento Santa Fé e da unidade básica de saúde do bairro Zatt.

 

Nolasco se restringiu a afirmar que a maioria das obras continua em andamento, não tratou do atraso dos trabalhos e nem dos prejuízos com a demora devido a uma possível deterioração do material. Antes disso, ele dissertou sobre como o vereador tratou o caso de uma morte supostamente causada pelo vírus H1N1, possibilidade não confirmada pelo exame realizado pelo Laboratório Central do estado.

 

Um dos questionamentos do vereador é quanto à paralisação das obras de construção do Ceacri Carrossel da Esperança, no bairro Municipal, única confirmada pelo secretário. Segundo o representante do Executivo, a obra não está em andamento em função da desistência da empresa pela falta de repasse de recursos federais. Nolasco afirmou ao vereador que não poderia revelar o tamanho do prejuízo, e convidou o vereador para uma visita a seu gabinete, quando poderia fornecer os dados. Mesmo assim, ele afirmou que, nestes casos, quem deve arcar com os prejuízos é a construtora contratada para executar o trabalho, e não o Poder Público.

 

O secretário não descarta a possibilidade de que o município cobre judicialmente a responsabilidade da empresa. Ele garantiu que um estudo ainda está sendo realizado sobre a forma que será feita a cobrança.

 

"Estamos com nossa assessoria jurídica estudando e cobrando da empresa. Nós temos dispositivos para cobrar isso, porque isso realmente é um crime. Estamos em busca disso”, garantiu Nolasco.

 

Além disso, o secretário de Governo informou que uma nova licitação para a contratação de uma empresa para dar continuidade aos trabalhos está em andamento. O secretário destacou também o fato de que muitas licitações não apresentam interessados, o que acarreta uma demora maior na conclusão dos serviços.

 

O secretário descarta que o projeto de revitalização do bairro Municipal, do qual fazem parte a pavimentação da rua Lajeadense e a construção do Ceacri, esteja ameaçado."Nós temos o apoio do governo federal, mas, infelizmente, o que nos dizem é que nós precisamos aguardar isso tudo. Até porque faz parte do PAC 2. Agora se vai ter continuidade ou não, a gente não sabe. Se depender da administração municipal, não está abalado o projeto de forma alguma", assegura.