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Mortes por afogamento já chegam a 54 durante o verão no Rio Grande do Sul

Mortes por afogamento já chegam a 54 durante o verão no Rio Grande do Sul

As estações quentes somadas ao período de férias são um convite para que as pessoas busquem praias, balneários, rios e açudes para espantar o calor. Porém na hora de buscar um local para nadar e se divertir é necessário muita atenção.

 

Segundo dados da Operação Golfinho, desde o início dos trabalhos no dia 17 de dezembro até a manhã desta terça-feira, dia 21, foram realizados 1.159 salvamentos. Em contra partida um total de 54 pessoas perderam a vida em decorrência de afogamentos em praias, rios e balneários no Rio Grande do Sul. No mesmo período do ano passado foram 42 mortes, ou seja, 12 mortes a menos do que nesse verão.  

 

Vale destacar que os números poderiam ser ainda maiores, visto que segue sob suspeita de afogamento o caso do jovem de 19 anos, Cristian Rodrigues Xavier que desapareceu na tarde de segunda-feira, dia 20, enquanto nadava com os amigos no Rio das Antas, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul.

 

O Major Éverton de Souza Dias, do Corpo de Bombeiros, faz um alerta à população. Entre as 54 vítimas, 46 morreram nadando em locais não balneáveis, que são aqueles que não contam com a presença de salva-vidas, entre as outras oito mortes que aconteceram em locais balneáveis, sete ocorreram em horários onde não haviam bombeiros nas guaritas.

 

“A gente orienta sempre que as pessoas procurem sempre locais protegidos por salva-vidas, nós temos litoral norte e sul do estado, e alguns locais no interior, que são protegidos por salva-vidas. Nesses locais além da segurança proporcionada pela própria presença dos salva-vidas, ele também poderá orientar o lugar seguro para o banho”, explica.

 

Com a proximidade do feriadão de Carnaval, o Major Dias reforça algumas dicas antigas mas que fazem toda diferença como não entrar no mar, rios, lagos e piscinas após ingerir bebidas alcoólicas e ficar atento a dois velhos ditados.

 

“Água no umbigo é sinal de perigo realmente, não é só o ditado, isso já é conhecido por todos, mas nem todas as pessoas obedecem. Se a água já está no umbigo não se deve ingressar num local mais profundo, que vai aumentar o risco. O outro ditado é água no peito é sinal de respeito, ou seja, ai já exagerou, e deve retornar para um lugar mais seguro”, relembra.

 

Operação Golfinho segue até o dia 6 de março em todo Rio Grande do Sul.