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Morte de peixes no Arroio Barracão é investigada em Bento

Morte de peixes no Arroio Barracão é investigada em Bento

A morte de diversos peixes no Arroio Barracão, em Bento Gonçalves, alarmou a comunidade do local nesta terça-feira, dia 28. A agente de saúde Elen Gomes percebeu a mortandade enquanto se deslocava para o trabalho, que fica próximo das margens do arroio. Segundo ela, o que chamou a atenção foi que vários peixes estavam nadando para a superfície, em busca de oxigênio. “A gente foi olhar melhor no fundo do rio e verificamos peixes grandes boiando e outros em cima das pedras”, explica. Alguns moradores acreditam que o problema esteja sendo causado por uma fossa coletiva.

 

Na tarde da terça-feira, a fiscalização da secretaria de Meio Ambiente esteve no local verificando o que ocorreu. As causas para o fato ainda são desconhecidas, mas a possibilidade de que o lançamento de esgoto esteja sendo feito diretamente no córrego não está descartada.

 

Além da morte de peixes, Tuane Zelbrasikowoki, que também é agente de saúde e mora no bairro Barracão, está preocupada também com a qualidade da água. “Todo o pessoal está preocupado, porque afinal todo mundo consome essa água. É uma preocupação em geral. É muito paciente procurando médico em função das viroses, a gente vê pelo cheiro que não está dando para aguentar”. Ela afirma que, em alguns dias, o cheiro de cloro é muito forte na água, além de já terem sido detectadas alterações na coloração.

 

Segundo o fiscal da secretaria de Meio Ambiente, Luis Espeiorin, a entrada de efluentes domésticos no arroio é a suspeita inicial para a causa das mortes. Esse fato, aliado às poucas chuvas, fenômeno que diminui a oxigenação da água, pode ter acarretado a morte dos peixes. A partir de agora, a secretaria fará coletas de amostras da água para avaliar os níveis de toxicidade e para detectar o agente causador da poluição. Depois disso, devem ser identificados e acionados os responsáveis.

 

No que se refere à mortandade de peixes, o gerente da Corsan de Bento, Marciano Dal Pizzol, afirma que não recebeu nenhuma notificação, até pelo problema ter ocorrido depois da barragem,  mas que análises feitas antes da barragem comprovaram que o oxigênio está dentro do aceitável nesta que é uma das principais bacia de captação de água do município.  Quanto à questão do cloro, segundo a empresa, é seguida uma padronização, não sendo confirmado excesso do mesmo na água. Já o cheiro pode ter sido causado por questões ambientais, como a falta de chuvas,  ou por possíveis trabalhos na tubulação.