O Ministério da Saúde apresentou, nesta sexta-feira, dia 3, durante coletiva de imprensa, as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação de 2017, com alterações de vacinas nas faixas etárias (crianças, adolescentes e adultos). Seis das 19 vacinas oferecidas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram oferta ampliada: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A.
As alterações, conforme o ministério, visam aumentar a proteção das crianças e ampliar a imunidade dos adolescentes, bem como manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir casos de caxumba e coqueluche em adultos. Dessa forma, a expectativa é combater mais efetivamente estas doenças e impedir a reincidência delas.
As vacinas e suas mudanças são as seguintes:
Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola): Duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos. Já para os adultos de 30 a 49 anos, será administrada apenas uma dose de tríplice viral.
Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): passa a ser administrada de 15 meses até 4 anos. A recomendação é que a primeira dose da tríplice viral seja aplicada aos 12 meses de vida, e a segunda aos 15 meses, com a dose de varicela (tetra viral).
dTpa (difteria, tétano e coqueluche) tipo adulto: recomendada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que não foram vacinadas com a dTpa adulto na gestação devem receber uma dose no puerpério (até 40 dias após o parto), o mais precoce possível.
HPV: Neste ano também estará disponível a vacina contra HPV para meninos, de 12 e 13 anos, e para meninas de 14 anos – desde 2014, a dose é oferecida a meninas de 9 a 13 anos. Tal vacina também passa a ser oferecida para homens vivendo com HIV e aids entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos. As mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids já recebem a vacina contra o HPV desde 2015.
Meningocócica C (conjugada): passa a ser disponibilizada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2010, para crianças e adolescentes de 9 a 13 anos.
Hepatite A: passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era de até 2 anos.
Conforme o Ministério da Saúde, por ano, são oferecidas pela rede pública de saúde cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos contra mais de 20 doenças.