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Prefeito de Bento fala sobre a reforma administrativa

Prefeito de Bento fala sobre a reforma administrativa

A redução de quatro secretarias das 16 existentes, o enxugamento dos cargos em comissão, a extinção de funções nas secretarias remanescentes e o agregamento de novas funções a organismos já existentes. Em síntese, esta será a base da reforma administrativa que vem sendo costurada pelo prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, para o segundo mandato.

“Nós vamos reduzir a estrutura de trabalho. Vamos fazer fusões para adequar. Não é má vontade, não é um desejo, não é ideologia. Precisamos adequar o tamanho à situação que estamos vivendo, uma situação de prioridade. Não há demérito algum. É simplesmente reduzir atribuições sem deixar de prestar os demais serviços, mas focando recursos, reduzindo estrutura. É uma escolha difícil, mas eu preciso olhar para nossa população”, garante.

Pasin não revela detalhes sobre o planejamento nem tampouco define um prazo para anunciar as medidas, mas afirma que haverá um grande impacto no tamanho do governo, mas não na prestação dos serviços essenciais. Segundo ele, os detalhes do plano ainda estão em construção e não foram finalizados.

“Estamos finalizando arestas existentes. Não gosto de levantar boatos. Qualquer informação prévia é parte de verdade e parte de mentira. Isto aqui não é um balcão. O que posso deixar tranquilo é que não vamos cercear direitos ou ir contra avanços. O que precisamos é entregar para o povo aquilo que impacta diretamente na vida dele.

O que o prefeito afirma é que os principais cortes serão sentidos nos cargos políticos e, consequentemente, na participação dos partidos políticos que compõem a coligação no governo.

O prefeito defende a construção do que chama de “estado necessário”, que atenda plenamente às necessidades da população nas áreas da saúde, educação e segurança pública, que ele afirma serão o tripé fundamental do segundo mandato.

“Precisamos enxugar as estruturas para dar ao povo aquilo que o povo necessita. Mais uma vez eu lembro da condição do estado necessário. Nós precisamos implantar esse conceito, nem o estado mínimo, nem o estado total. Hoje, não cabe a um prefeito hoje, que é o patinho feio, o primo pobre da federação, se tu não tens a condição de financeirizar todo esse processo. Nossa tributação local é muito pequena. Vamos precisar de todas as formas reduzir as outras atribuições para atingir aquilo que conceituamos como base de um estado necessário, que é o serviço da saúde, da educação e da segurança, que hoje virou atribuição plena do município”, afirma.

Pasin não confirma as informações especuladas pela imprensa sobre as pastas que poderiam ser unidas, como a cultura e o turismo ou a agricultura com o desenvolvimento econômico. Ele garante que faltam detalhes técnicos para o anúncio final.

“A regra é no momento que eu sentir que a equipe está fechada, que os nomes apresentados são adequados, que a gente consiga ter confiança no resultado, a gente vai apresentar. E isso pode ser agora á tarde, amanhã de manhã, até o final do ano ou no ano que vem”.

Pasin garante que não teme perder o apoio político dos partidos que compõem a coligação. Para ele, as negociações estão encaminhadas.

“A vontade política já foi imprimida. Será feito, e não é uma determinação de vontade, mas de necessidade. Não será um governo político, será um governo de resultados. Esse grupo não é irresponsável, e não cobrará espaço a mais do que a condição momentânea deixa dar. O resto é conjectura”, adianta o prefeito, que define: “Meu problema é não errar”.

Ouça a entrevista do prefeito Guilherme Pasin: