Memória LEOUVE

“Mesmo não decidindo nada, a qualquer hora posso decidir tudo”, afirma Fabris

“Mesmo não decidindo nada, a qualquer hora posso decidir tudo”, afirma Fabris

O pedido de renúncia do vice-prefeito, Ricardo Fabris de Abreu, surpreendeu a população caxiense. Com a mesma surpresa foi recebido o anúncio da desistência referente a renúncia realizado na manhã de terça-feira, dia 21, no Plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.

 

Estava acertado de que Fabris seguiria no cargo até o dia 31 de março, porém segundo o vice-prefeito, alguns acontecimentos fizeram com que ele mudasse de ideia, entre eles o apoio recebido principalmente dos vereadores e da comunidade. 

 

“Depois do anúncio da saída eu passei a sofrer influência de variáveis até então imprevisíveis. Eu não esperava apoio da Câmara, eu não esperava apoio da UAB, não esperava o apoio que recebi do Ministério Público, OAB e de vários segmentos da sociedade. Também recebi apoio de pessoas anônimas nas ruas. Ninguém me parou na rua para me xingar”, destaca.  

 

Fabris acredita que terá pouca, ou quase nenhuma participação no governo Guerra, mas garante que não fará oposição. Ele pretende cumprir com a função do cargo de vice-prefeito que é substituir Daniel Guerra numa eventual ausência. 

 

“Mesmo eu não podendo decidir nada, eu posso em qualquer momento ter que decidir tudo, eu não sei, se ele decidir concorrer a deputado, se ficar doente, se tirar férias. Eu não sei o que pode acontecer, a minha obrigação constitucional primária é estar pronto para substitui-lo se for necessário”, explica.

 

A nota emitida pela assessoria de comunicação da prefeitura, também foi comentada pelo vice. Fabris afirmou, que não acredita que tenha partido de Daniel Guerra, as declarações de que voltar atrás no pedido da renúncia seja um “desrespeito a população”. 

 

“Eu não acredito que isso tenha saído da boca do Daniel, isso é da assessoria, até porque sempre tivemos uma relação muito boa e respeitosa”, salienta. 

 

O vice-prefeito prometeu não ficar parado em relação a seus projetos relacionados a segurança pública, caso eles não sejam aceitos pelo executivo municipal, ele pretende levá-los a apreciação do legislativo para apreciação dos vereadores.