O país passa a viver a expectativa de ter, em poucos dias, seus segundo presidente afastado do poder por conta do instituto – previsto constitucionalmente- do impeachment. Há quem considere que o que esteja acontecendo seja um golpe. Esta gente tem lá sua razão, afinal as razões encontradas para que o processo tivesse prosseguimento, as tais pedaladas fiscais, poderiam ser punidas com penas menores. Dizem que o julgamento e todo o processo foi político. Novamente têm razão.
Mas o que é o cargo de uma presidente se não um missão política, onde a credibilidade e a confiança precisam estar à serviço de quem a elegeu?
Dilma irá ao Senado se defender. Faz isso porque é sua obrigação em respeito àqueles que nela ainda confiam e por ela ainda digladiam. Brigam uma briga perdida. O julgamento no Senado é apenas para cumprir formalidades. A decisão está tomada, por ampla maioria. Ouviremos mais do mesmo sem que qualquer voto seja mudado.
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O PT terá que voltar ao poder da mesma forma que chegou lá da primeira vez, com muita luta, muito convencimento, não esmorecendo e, sobretudo, mostrando ao povo ser digno de confiança. Elegeu seu primeiro Presidente tendo como pilar central de sua pregação a ética. Cai agora exatamente porque não se mostrou ético. Partidos opositores e a cidadania não engoliram e não perdoaram. Definitivamente o PT perdeu a mão, terá que se depurar e reconstruir-se do zero.
Nossas atenções devem voltar-se agora para o que fará o Governo Temer. Bem mas isto é assunto para logo mais.
