A tradição e a criatividade popular são mesmo de dar inveja. É maravilhosa. Dentro dessa linha, penso também em como os fatos históricos são deformados à vontade de quem conta à sua maneira. Já se diz no ambiente de um historiador que são os vencedores que contam as histórias sobre os vencidos, mais ainda você já ouviu que quem conta uma história aumenta um conto ou um ponto.
Em síntese, a história que já tem um caráter distorcido por quem a escreve, e pode ficar mais deformada pela inventividade de quem tenta dar uma nova interpretação, quem a reescreve.
Assim, chegamos às lendas urbanas, contemporâneas, as mais populares, as assustadoras, as gaúchas, dos povos nórdicos, dos celtas, as de terror, do amor, as sangrentas, e por aí vão se construindo o que sair da cabeça do poeta ou do narrador.
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É saudável compreender que a manipulação no enredo aguça os formadores de idéias e opiniões. Cuide para ir atrás dos verdadeiros ou falsos heróis! Cuide para não acreditar em bruxas, se duvidar se elas existem ou não, não faça rituais que as provoque.
Se não quiser mexer com as profundezas de sua alma e não souber lidar com os porões de seu inconsciente e tiver sonhos pesados não entre nesse universo de imagens impossíveis. Pode ser que seja uma viagem assustadora. Ou pelo mesmo não passará de um susto e de mais uma história inventada para lhe botar medo.
De uma fábula até a uma boa ficção, as lendas fazem parte do imaginário popular. A provocação é saber diferenciar o que são verdades nas lendas ou, se preferir, as lendas da verdade.
