O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva vai responder a mais um processo no âmbito da Operação Lava-Jato: nesta terça-feira, dia 20, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da investigação em primeira instância, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) na quarta-feira, dia 14, contra o ex-presidente e outras sete pessoas por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
A denúncia acatada pela Justiça abrange três contratos da empreiteira OAS com a Petrobras e refere a benefícios concedidos ao ex-presidente com a reforma de um apartamento triplex na cidade de Guarujá.
Na denúncia, o procurador Deltan Dallaganol afirmou que Lula seria o "comandante máximo" do petrolão. Mesmo apontado como o comandante do esquema, Lula não foi denunciado por formação de quadrilha, e a denúncia foi criticada por juristas que apontaram "fragilidades" nas provas levantadas pelo MPF.
Os advogados de defesa do ex-presidente Lula negaram as acusações feitas pelo MPF.
Além de Lula, Moro aceitou a denúncia contra Marisa Letícia, mulher de Lula, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o arquiteto Paulo Gordilho, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Agenor Franklin Magalhães, ex-executivo da OAS, Fábio Hori Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos, e Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.