A negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul teve mais um capítulo na manhã desta terça-feira, dia 12. A quarta rodada de negociações, mais uma vez, foi marcada pelo impasse.
A proposta do sindicato patronal é de uma reposição de 2% no mês de junho, 4% em janeiro e 7% em abril de 2017, sempre tendo como referência o salário-base, que atualmente é de R$ 1.115,00.
Conforme Getúlio Fonseca, ex-presidente do SIMECS, a proposta visa sobretudo a manutenção do emprego na cidade. “Na verdade se pensou alguma coisa que preservasse a capacidade das empresas honrarem a folha e o décimo terceiro. A gente reconhece que a economia parou de cair, mas para voltar a crescer ainda tem muito tempo e as incertezas continuam. Nós temos que preservar emprego e a proposta é essa”, declarou.
Fonseca ainda disse que, caso a economia se recupere, uma negociação mais favorável ao trabalhador acontecerá no ano que vem. “No ano que vem, se acontecer uma retomada da economia na próxima negociação podemos fazer avanços, mas esse é um momento de bom senso e de pensar na manutenção do emprego”, defendeu.
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Já o Sindicato dos Metalúrgicos exige a reposição da inflação, que é de 9,82% a partir de junho. Para Claudecir Monsani, presidente da entidade, um acordo que não contemple isso dificilmente será fechado. “O trabalhador já abriu mão de muita coisa para manter seu posto de trabalho, as empresas ganharam enxugando seu quadro, reduzindo o valor da folha. Agora, na hora de compensar pelo menos com as perdas da inflação, eles dizem que não tem como fazer isso. O patronal tem se posicionado de uma forma que não tem como a gente fechar qualquer tipo de acordo dessa forma”, garantiu.
Monsani citou que a melhora na economia já reflete em diversas empresas de Caxias. “Algumas vem trabalhando normal e outras vem trabalhando até nos sábados, isso quer dizer que a economia já melhorou”, disse.
Com esse impasse, as entidades evitam estabelecer um prazo para o fim das negociações. Uma nova reunião para discutir o tema deve ocorrer ainda nessa semana.
Confira as entrevistas completas com os representantes das entidades em áudio:
