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IFRS Campus de Farroupilha realiza estudos inéditos no município

IFRS Campus de Farroupilha realiza estudos inéditos no município

Dois estudos inéditos no município de Farroupilha sobre a geração de energia elétrica renovável estão sendo realizados pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Farroupilha. Acadêmicos e professores pesquisam a eficiência da captação de energia na Serra Gaúcha por meio de placas solares.

 

Há mais de um ano, a parceria entre os cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação com a empresa do município, possibilitou a instalação de 12 módulos fixos no terraço do estabelecimento. Por meio das placas e do sistema instalados na empresa, desde setembro de 2015, o professores e os alunos levantam dados do perfil de radiação solar na região, do rendimento que essa energia renovável pode ter e da viabilidade econômica.

 

De acordo com o professor Ivan Gabe, o uso da placa solar tende a crescer e gerar mais estudos na área, "A cada ano esta área está evoluindo aqui no Brasil, que tem uma vantajosa incidência solar. O tema das energias renováveis, sendo ela solar, eólica ou outras, é sempre multidisciplinar, abrangendo uma grande área de conhecimentos. No projeto dos alunos foi necessário utilizar conhecimentos de diversas disciplinas e está muito interessante. Vai servir pra muitos projetos de pesquisa e trabalhos de ensino futuros dentro desse tema no campus", destacou.

 

Além das placas instaladas na empresa, os alunos colocaram em prática a construção de um protótipo com placa solar entre os meses de agosto e outubro deste ano. O aparelho conta com sensores e articulações que permite o módulo mover-se de acordo com a posição do sol, o que, em teoria, geraria 30% a mais de energia elétrica.

 

O professor Gabe explica, que essa placa se move conforma a posição do sol, "Isso nos permite estudar as vantagens desse sistema que não é fixo, por estar sempre na direção e acompanhando o sol. Mas também estamos testando o quanto esse nosso sistema de sensores e articulações gasta de energia, e se seria vantajoso aqui no clima da Serra Gaúcha", salientou. 

 

A pesquisa que está sendo realizada pelo professor e alunos foi apresentada no XXIII Simpósio Peruano de Energia Solar, de 14 a 18 de novembro de 2016. No congresso, além da participação brasileira e peruana, haviam trabalhos da Espanha e do Equador.