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Homem morre após cair de telhado de empresa, em Caxias

Homem morre após cair de telhado de empresa, em Caxias

Antônio Morello, de 52 anos, morreu após cair do telhado do pavilhão de uma empresa que fica no Travessão Santo Bortolini, número 1.212, no bairro São Virgílio.

 

Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de Caxias do Sul, Morello estava realizando uma reforma, possivelmente fechando vãos que causavam goteiras, quando pisou sobre uma telha translúcida, mais frágil que as tradicionais e acabou caindo de uma altura de sete metros.

 

O corpo da vítima foi encontrado na manhã desta segunda-feira, dia 25, por funcionários que chegaram para trabalhar, por volta das 7h, na empresa Megametal Fundições.

 

Segundo a perícia apurou, Antônio morreu ainda no sábado, dia 23. Vizinhos perceberam que o carro do homem estava em frente a fábrica durante o final de semana.

 

De acordo com Vânius Corte, gerente do MTE, o dono do pavilhão está de férias na Bahia e ele não conseguiu contato para identificar qual a relação entre trabalhador e empregador. Não é de conhecimento do ministério se Morello tinha carteira assinada, se era prestador de serviços e/ou autônomo. O certo, é que ele não estava utilizando nenhum equipamento de segurança.

 

Corte relata que algumas pessoas próximas afirmaram que a vítima gostava de trabalhar sozinho e sem utilizar equipamentos obrigatórios, de forma inadequada e irregular para a função que ele estava realizando.

 

Se for constatado vínculo de emprego nesta relação, o responsável pelo local pode ser acusado de exposição de risco de trabalhador, que é crime, e até mesmo homicídio culposo caso se verifique que o funcionário havia solicitado equipamento e o patrão não forneceu os mesmos, conforme explica Vânius Corte.

 

A secretaria da saúde do município, através do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/Serra), divulgou dados comparativos nesta segunda. Esta é a 11ª morte com relação direta a acidente de trabalho em 2016. Em 2015, foram oito óbitos.

 

 

No primeiro semestre do ano passado, foram registrados 94 acidentes. No mesmo período, este ano, foram 248 acidentes considerados graves. Um aumento de 163,8%.