Há 45 anos o futebol gaúcho viveu momentos marcantes e o Clube Esportivo Bento Gonçalves foi protagonista em dois deles. De fato, no livro “Um Século Alvi Azul” de Alceu Salvi Souto e Fabiano Mazzotti, o ano é descrito como “o eterno e inesquecível ano de 1979”. Em 30 de maio seria disputado o célebre jogo da neve no estádio da Montanha contra o Grêmio. A partida assistida por 3.998 torcedores foi jogada na temperatura de 1º e acabou empatada em zero a zero, mas o jogo foi transmitido ao vivo pela TV e as fotos do jogo rodaram o Brasil, como se fosse uma partida disputada na Europa.
No final daquele ano o Internacional de Porto Alegre seria o único campeão brasileiro invicto até hoje e este fato também está nos almanaques. Antes deste êxito entretanto, o Inter seria relegado à terceira colocação do Campeonato Gaúcho naquele ano. O campeão foi o Grêmio e entre os dois grandes da capital um intruso: exatamente o Clube Esportivo, que foi campeão do interior e vice-campeão gaúcho.
Passaram-se 45 anos daquele 0 x 0 contra o Novo Hamburgo no Estadio Santa Rosa disputado exatamente em 20 de setembro como registra o livro Almanaque do Esportivo, de Gustavo Côrtes. Beneficiado pelo empate do Inter no Grenal o ponto obtido em Novo Hamburgo selou a segunda colocação do Esportivo, o melhor resultado obtido até hoje pela equipe bento-gonçalvense.
Nesta sexta-feira 20, a data será celebrada com jantar entre alguns dos protagonistas do feito e jogadores que passaram pelo Esportivo posteriormente e estão até hoje radicado s em Bento Gonçalves.
Segundo o ex-meia e ex-lateral Sílvio dos Santos atletas como o goleiro Jânio, o meia Celso Freitas, o defensor Raquete e o atacante Lambari , que estavam no time estarão presentes. Juntam-se a eles os que vieram depois: Rivelino, Toninho Ferreto e Kide entre outros. Tambémo ´residente do Clue à Época, Odorico Vani, prometeu estar presente
O fato era realmente inédito para a época. Naquela década nenhum outro time do interior foi tão longe e somente 19 anos mais tarde, em 1998 o Juventude suplantou a dupla grenal sagrando-se campeão. O fato se repetiria com o Caxias em 2000 e o Novo Hamburgo em 2017.
Sílvio puxa pela memória o time base daquele ano que impressionou há tantos e deixou sua marca indelével de um futebol poucas vezes repetido na Montanha: Jânio (Noslen), Toninho Fronza, José , Carlão e Raquete (Edegar); Celso Freitas, Sílvio (Dilvar) e Adilson; João Carlos (Lambari), Valdecir e Rubem. O técnico era Valdir Espinosa.
A comemoração será na empresa Sava, do ex-goleiro Sanches e é restrita a convidados.