Devido às últimas movimentações dos ex-funcionários e do Sindicato dos Metalúrgicos, a Guerra S.A., de Caxias do Sul, emitiu nota à imprensa onde declara que, devido ao atual momento enfrentado, a empresa não tem condições de realizar o pagamento integral das rescisões dos cerca de 180 funcionários demitidos em massa.
De acordo com o documento enviado pela empresa, “há mais de um mês, a Guerra Implementos Rodoviários negocia com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos o parcelamento das verbas rescisórias dos empregados dispensados. Em nenhum momento, o Sindicato mostrou-se contrário ao parcelamento, mas discutia em relação a garantias e número de parcelas.”
Já o Sindicato, alega que nunca cogitou a possibilidade de parcelar a rescisão dos trabalhadores demitidos. Conforme o presidente Assis Melo, a posição foi sempre de não aceitar o parcelamento. Segundo ele, ou a empresa paga, ou readmite os funcionários demitidos.
Ainda conforme o texto, a Guerra relata que uma decisão judicial “expedida na sexta-feira, dia 25, determina que seja permitido acesso de pessoas e veículos nas dependências da Guerra para que mantenham suas atividades sob pena de prejudicar ainda mais a situação financeira da empresa”. Isso porque, ex-funcionários e sindicato barraram a entrada de funcionários na fábrica de sexta-feira (25) até esta segunda (28). Nesta terça-feira, dia 29, a mobilização liberou a entrada dos trabalhadores por decisão dos mesmos, de acordo com os representantes.
Confira na íntegra a nota de esclarecimento da Empresa Guerra S.A.
Caxias do Sul, 28 de novembro de 2016 – Há mais de um mês, a Guerra Implementos Rodoviários negocia com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos o parcelamento das verbas rescisórias dos empregados dispensados. Em nenhum momento, o Sindicato mostrou-se contrário ao parcelamento, mas discutia em relação a garantias e número de parcelas. Essa situação se estendeu nas reuniões de mediação junto à Justiça do Trabalho de Caxias do Sul durante a última semana. Na quinta-feira, 24/11, o Sindicato, através de seu presidente, retrocedeu à proposta e disse que aceitaria somente o pagamento à vista. Contudo, já era de conhecimento geral de que a Guerra não teria condições de arcar com o pagamento dessa forma, sob pena de comprometimento de suas finanças.
A proposta da Guerra, neste momento, foi reiterada. Sendo assim, a Guerra e os empregados dispensados permanece no aguardo de uma manifestação do Sindicato. Desde o início da negociação, todos sabiam que havia necessidade do parcelamento.
O protesto dos empregados demitidos e Sindicato que ocorrem em frente à empresa contraria ordem judicial expedida na sexta-feira, 25/11, que determina que seja permitido acesso de pessoas e veículos nas dependências da Guerra para que mantenham suas atividades sob pena de prejudicar ainda mais a situação financeira da empresa. Os integrantes do protesto estão formando barreira humana para impedir o acesso dos trabalhadores, gerando prejuízos para todos.