Memória LEOUVE

Grafite, Victor e Leo, por que não?

Grafite, Victor e Leo, por que não?

Outro dia um leitor que certamente não costuma acompanhar aquilo que digo ou escrevo – e não o condeno – pediu que eu levasse meu mau humor para outro lugar.   Coincidência ou não foi o comentário mais compartilhado, acessado e curtido que já fiz nestes mais de quatro anos escrevendo no Leouve.  Ou seja, ter popularidade, ser muito visto, tem lá sua fórmula. Pode custar uma ou outra crítica, mas os elogios e aplausos são bem mais expressivos.

 

 

Mas não seguirei a fórmula. Não adianta, na minha concepção vale mais escrever o que sinto do que aquilo que a maioria quer ler. Como na maioria das vezes ando de bem com a vida, sorry, vou levando na boa.

 

Pois ontem resolvi fazer uma brincadeira. Sutil para uns, uma patada de elefante para os mais sensíveis. Houve quem não percebesse tratar-se de brincadeira. Fiz foto em frente ao grafite nas garagens do Edifício Bento Gonçalves, no começo da rua Júlio de Castilhos. Ainda pus a hashtag eu apoio o grafite.

 

Teve gente concordando, estranhando e divergindo. Ótimo. É pra isto que a gente se posiciona.

 

A brincadeira veio em cima do mau humor despertado em muita gente – inclusive do prédio em que o grafite foi desenvolvido – por conta de nota na Zero Hora em que o prefeito Guilherme Pasin aparece caminhando em frente aos desenhos. Então, quis repetir a pose.

 

Notadamente, a colunista Rosane Oliveira, estava fazendo um contraponto ao procedimento de João Dória Jr, de São Paulo e ao mesmo tempo tecer loas ao colega de Dória, o prefeito Pasin, que pegou carona num assunto tão controverso.

 

O que os moradores não gostaram ou acharam impróprio foi exatamente esta carona, já que Pasin não contribuiu de forma proativa para que as pinturas ocorressem. Elas são decorrência de acordo entre o condomínio e um desafio organizado por grupos que apoiam esta forma arte.

 

Então para entrar de fato no assunto, quero deixar claro que tudo que é demais é ruim. Grafite tem hora e lugar próprio e como toda forma de expressão artística vai agradar a uns e não cair no gosto de outros. Sim apoio o grafite, mas com limites, até pra que a gente não caia na vulgaridade.

 

 

Não gosto de funk, tampouco compraria ou baixaria em pen drive um cd de sertanejo universitário. Mesmo assim em abril tenho lugar reservado num show do Victor e Leo. Então, porque não apoiar o grafite?