“Só não investe no Rio Grande do Sul quem não quer”, afirmou o governador José Ivo Sartori a uma plateia repleta de empresários na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul nesta segunda-feira, dia 13.
O governador palestrou na reunião-almoço da entidade e afirmou aos empresários que “chegou a hora de acertar”, se referindo às propostas de ajuste fiscal de seu governo. Antes, ele analisou a conjuntura econômica estadual e nacional, destacou o cenário de crise econômica e política brasileira e defendeu o sistema de acordos de resultados e de Parcerias Público Privadas para viabilizar projetos necessários para o desenvolvimento sustentável do Estado.
Sartori discorreu gravemente sobre a dívida do estado que, segundo ele, não se restringe à dívida com a União. Entre o saldo negativo, o governador coloca despesas de caixa de estatais, orçadas em R$ 8 bilhões, e um possível passivo em relação ao não cumprimento da lei que estabelece o piso nacional do magistério, estimado em R$ 11 bilhões.
O governador não se prendeu em grandes explanações e preferiu ser genérico em suas observações. Quando o assunto foi a aprovação do projeto de concessões das estradas por 30 anos, Sartori garantiu que não tem “preconceito político-ideológico” com parcerias com a iniciativa privada.
“Farei sem receio de enfrentar!’, disse. Depois, ele garantiu que as concessões não serão apenas nas estradas, e indicou como exemplo que o transporte de celulose a partir do Porto de Rio Grande também poderá ser explorado pela iniciativa privada.
Do lado de fora da CIC, um protesto de estudantes e professores reuniu dezenas de manifestantes em frente a sede da entidade. “Queremos ser recebidos e manter uma negociação”, disse o diretor do 1º Núcleo do CPERS, Antônio José Staudt.